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Estado de Minas

Vendas recuam em cinco atividades do varejo em abril


postado em 10/06/2011 12:26 / atualizado em 10/06/2011 12:27

Em abril, cinco das dez atividades que compõem a Pesquisa Mensal do Comércio registraram queda no volume de vendas na comparação com março, na série com ajuste sazonal, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As vendas do comércio varejista, considerando todas as atividades, caíram 0,2% em abril ante março, o que representa o maior recuo desde março de 2010, quando houve queda de 0,7%.

O IBGE identificou quedas nas vendas em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (baixa de 0 2%),

combustíveis e lubrificantes (recuo de 1,6%), livros, jornais, revistas e papelaria (retração de 2,0%), tecidos, vestuário e calçados (baixa de 3,2%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (queda de 13,6%).

“Como foram 11 meses de taxas positivas, pode estar havendo uma acomodação. Outra leitura é que essa queda pode estar sendo um reflexo das medidas macroprudenciais do governo para controle da inflação. Tivemos em dezembro medidas para contenção do crédito, o governo aumentou os juros, e temos o fantasma que paira por trás, que é a inflação. O aumento de preços de alguns produtos pode estar inibindo também a demanda”, disse Reinaldo Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. “É o primeiro número negativo, temos que aguardar para ver se é uma tendência ou não.”

Por outro lado, registraram expansão as atividades de veículos e motos, partes e peças (1,7%), móveis e eletrodomésticos (1,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos(1,2%) e material de construção (0,2%).

Na comparação com abril de 2010, na série sem ajuste sazonal, somente a atividade de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação registrou taxa negativa, de 2,4%, no volume de vendas. As demais atividades tiveram expansão: 10,4% em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 19,3% em móveis e eletrodomésticos; 12,4% em outros artigos de uso pessoal e doméstico; 10,0% em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 1,7% em tecidos, vestuário e calçados; 0,9% em combustíveis e lubrificantes; e 3,4% em livros, jornais, revistas e papelaria.

Receita nominal

O comércio varejista registrou um aumento de 0,4% na receita nominal em abril, na comparação com março. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a alta foi de 15,4%, segundo o IBGE. No ano, a receita nominal do varejo acumula uma alta de 12,6%. Em 12 meses, a variação foi de 13,7%. A média móvel trimestral aponta uma expansão de 0,8% na receita nominal.


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