O emprego na indústria registrou expansão em abril em 11 dos 14 locais pesquisados, na comparação com o mesmo mês de 2010, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerando todas as regiões, o emprego industrial mostrou expansão de 1,7% no período.
Minas Gerais foi um dos destaques na formação da taxa global da indústria, com alta de 3,4%, junto com Paraná (5,4%), a região Nordeste (3,1%). Na indústria mineira, tiveram destaque os setores de meios de transporte (6,6%), alimentos e bebidas (3,3%), metalurgia básica (6,6%) e produtos de metal (6 9%).
Na indústria paranaense, as influências positivas mais significativas foram de alimentos e bebidas (11,7%), outros produtos da indústria de transformação (15,8%), meios de transporte (13,7%) e produtos de metal (18,3%). No setor industrial
Na outra ponta, São Paulo, que teve queda de 0,2%, foi a principal pressão negativa no total nacional, refletindo em grande parte as perdas vindas de papel e gráfica (recuo de 19 3%) e vestuário (queda de 11,7%).
Entre as atividades, ainda na comparação entre abril de 2011 e o mesmo mês do ano passado, as contribuições positivas mais relevantes na média nacional vieram de meios de transporte (8 1%), alimentos e bebidas (2,5%), produtos de metal (5,6%), máquinas e equipamentos (4,1%), metalurgia básica (8,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (5,2%). Por outro lado, entre os sete ramos que registraram resultados negativos, sobressaíram os impactos vindos de papel e gráfica (baixa de 9,4%), vestuário (queda de 3,7%) e madeira (recuo de 8 6%).
Acumulado do ano
No acumulado do ano, o total do pessoal ocupado na indústria foi 2,4% maior do que em igual período do ano passado, com taxas positivas em 13 dos 14 locais e em 12 dos 18 ramos investigados. Minas Gerais voltou a exercer forte influência sobre a média global, com aumento de 3,7%. Outras regiões com importante influência observadas são as Nordeste (3,1%), São Paulo (1,0%), região Norte e Centro-Oeste (3,8%), Paraná (3,8%) e Rio Grande do Sul (3,3%). O único resultado negativo foi registrado no Ceará (queda de 0,1%).
Folha de pagamento
O valor da folha de pagamento real (descontada a inflação) dos trabalhadores da indústria recuou 0,8% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, informou nesta sexta-feira o IBGE. A queda ocorre após três meses consecutivos de expansão. Com o resultado, o índice de média móvel trimestral foi de 0,2% em abril. Em relação a abril de 2010, o valor da folha de pagamento real cresceu 4,7% - a décima sexta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação. No ano, a alta acumulada é de 6,1% e, em 12 meses, de 7,5%.
Em relação a abril do ano passado, a folha de pagamento real teve resultados positivos nos 14 locais pesquisados pelo IBGE. São Paulo teve a maior influência sobre o total do país ao registrar expansão de 3,0%, apoiada em grande parte nos avanços dos setores de máquinas e equipamentos (15,4%), meios de transporte (6,9%) e borracha e plástico (16,1%).
Também destacam-se os impactos positivos em Minas Gerais (10,0%) impulsionado sobretudo pelos ramos de metalurgia básica (17,0%) e indústrias extrativas (18,2%); região Nordeste (7,2%), por conta de alimentos e bebidas (17,8%) e meios de transporte (28 0%); Paraná (8,5%), em função das pressões positivas vindas de meios de transporte (18,1%) e alimentos e bebidas (12,8%); e região Norte e Centro-Oeste (7,7%), influenciada pelas atividades de produtos de metal (33,2%) e de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (21,7%).
Entre as atividades, ainda na comparação com abril do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu em 12 dos 18 setores investigados, impulsionado, principalmente, pelos resultados positivos de máquinas e equipamentos (11,8%), meios de transporte (6,8%), alimentos e bebidas (5,3%), borracha e plástico (12,2%), metalurgia básica (11,5%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,5%). Por outro lado, os maiores impactos negativos vieram de papel e gráfica (queda de 11,4%), produtos químicos (recuo de 2,7%) e vestuário (baixa de 3,9%).
Entre as atividades, o emprego industrial avançou, principalmente, em meios de transporte (8,2%), produtos de metal (7,6%), máquinas e equipamentos (5,8%), alimentos e bebidas (1 9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6 5%) e metalurgia básica (8,2%), enquanto papel e gráfica (queda de 8,4%) e vestuário (recuo de 2,8%) exerceram as principais pressões negativas.