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Estado de Minas

Premier grego anuncia reforma ministerial sob o fantasma da falência


postado em 17/06/2011 07:43 / atualizado em 17/06/2011 07:55

O primeiro-ministro grego Giorgos Papandreou nomeou nesta sexta-feira como ministro das Finanças um antigo rival político, em busca de consenso no Partido Socialista (PASOK) para aprovar os novos ajustes exigidos pela União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para salvar o país da falência.

Papandreou nomeou para o cargo Evangelos Venizelos, que até agora era ministro da Defesa. Venizelos substitui Giorgos Papaconstantinou - desgastado pelo plano de austeridade adotado para cumprir com as exigências da UE e do FMI. Papaconstantinou, no entanto, permanece no governo, como ministro do Meio Ambiente.

Venizelos, 54 anos, que também ocupará um dos dois postos de vice-premier, havia desafiado em 2007 Papandreou na disputa pela liderança do PASOK. O novo homem forte do governo é um especialista em temas constitucionais, que esteve à frente da preparação dos Jogos Olímpicos de Atenas-2004.

Mas sua nova missão terá pouco de espírito esportivo: o novo ministro terá que fazer o país aceitar a amarga fórmula de novos ajustes, em uma nação já abalada por mais de dois anos de recessão, cortes de salários e desemprego em alta. O

novo gabinete será submetido a um voto de confiança do Parlamento no domingo, mesmo dia de uma reunião de ministros das Finanças da Eurozona em Luxemburgo para tentar superar as divergências sobre o plano de ajuda à Grécia.

Os novos ajustes - de 28 bilhões de euros (40 bilhões de dólares) escalonados até 2015 - devem ser votados até o fim do mês. O programa inclui aumento de impostos e um grande plano de privatizações. A medidas geram fortes resistências entre a população e as bases do PASOK.

A bancada parlamentar socialista tem uma maioria estreita de 155 deputados sobre 300. Na quinta-feira, dois deputados renunciaram a seus mandatos por não concordarem com as novas medidas, mas serão substituídos por correligionários. O país se viu praticamente paralisado na quarta-feira por uma greve geral - a terceira do ano - e por manifestações convocadas pelos sindicatos e pelo movimento dos "Indignados".

Mas o prazo é cada vez mais curto: o governo grego advertiu que se veria impossibilitado de honrar os vencimentos de julho sem a liberação da parcela de 12 bilhões de euros por parte do FMI e da UE, como parte do empréstimo de 110 bilhões de euros acordado ano passado.

O primeiro plano de resgate da economia grega se revelou insuficiente. Papandreou também nomeou nesta sexta-feira o novo ministro das Relações Exteriores: Stravos Lambrinidis, 49 anos, ex-líder da bancada socialista grega no Parlamento Europeu. Outra personalidade próxima a Papandreou, Panos Beblitis, que era subsecretário da Defesa, assume como titular da pasta.


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