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Estado de Minas

Dívida pública da Espanha é a maior em 13 anos


postado em 17/06/2011 15:18

A dívida pública da Espanha subiu para 63,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, o maior nível em 13 anos, informou nesta sexta-feira o banco central espanhol. Apesar de o governo da Espanha ainda ser um dos menos endividados da zona do euro, a dívida pública do país, que inclui os governos central, regional e local, tem aumentando rapidamente, em razão dos grandes déficits orçamentários registrados desde o início da crise imobiliária, em 2008.

Uma parte significativa do aumento da dívida pública corresponde aos déficits dos governos regionais, que representaram 3,4% do PIB no ano passado, uma alta em relação aos 2% registrados em 2009, de acordo com dados do BC espanhol. No geral, a dívida dos governos regionais, responsáveis pelas áreas de gastos essenciais, como Saúde e Educação, aumentou para 11,4% do PIB no primeiro trimestre, o maior patamar da história, ante os 10,8% do quarto trimestre do ano passado.

Bancos

O BC da Espanha informou ainda que a dívida ruim dos bancos comerciais do país subiu em abril para o seu maior nível em 16 anos, à medida que os preços imobiliários estenderam sua queda de três anos. Como um porcentual do crédito total, os empréstimos vencidos e não pagos

(NPL, na sigla em inglês) aumentaram em abril para 6,4%, a maior leitura desde junho de 1995, quando atingiu 6,1% em março.

O aumento ocorreu apesar da queda dos empréstimos totais para 1 813 trilhão de euros, o nível mais baixo desde meados de 2008. Os empréstimos vencidos e não pagos saltaram 3,5% em abril, em comparação com março, para 115,4 bilhões de euros, o maior patamar histórico e dez vezes superior ao volume observado no auge da bolha imobiliária em 2007.

Os preços das residências caíram 3,5% no primeiro trimestre, em comparação com o trimestre anterior, e 4,1% ante o mesmo período do ano passado. O recuo anual foi o maior desde o quarto trimestre de 2009.

A queda dos preços dos imóveis e o aumento das execuções hipotecárias já deixaram alguns dos bancos de poupança, ou "cajas", com necessidade de dinheiro. O governo espanhol está agora se preparando para injetar até 7 bilhões de euros em várias cajas que pediram ajuda estatal devido a sua incapacidade para levantar novos fundos no mercado internacional.


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