Construção civil e indústria tiveram os maiores faturamentos no 1º trimestre em Minas Gerais

Micro e pequenas empresas dos segmentos de construção civil e indústria tiveram os maiores faturamentos durante o primeiro trimestre de 2011. No setor industrial, o faturamento médio (por empresa) foi de R$ 104 mil e na construção civil foi de R$ 67,5 mil. No comércio o valor médio registrado foi de R$ 33,7 mil e entre as empresas de serviços, R$ 23 mil.

Esse é um dos resultados mostrados pelo estudo Desempenho das micro e pequenas empresas no primeiro trimestre de 2011, realizado pelo Sebrae-MG. A pesquisa aponta, ainda, que as MPEs instaladas nas regiões Sul, Leste e Oeste do Estado têm faturamento médio superior àquelas instaladas nas regiões Norte e Centro.

“O faturamento médio na região central foi menor que o da região Norte, que historicamente é a menos desenvolvida do Estado. O resultado seria ainda pior se o segmento industrial não tivesse contribuído para a elevação da média”, afirma Venússia Santos, analista de Inteligência Empresarial do Sebrae-MG.

O número médio de funcionário também apresentou grande variação por setor de atividade econômica. Na indústria são, em média, 12 funcionários com vínculo empregatício por empresa. Na construção civil são 5; no setor de serviços, 3 e no comércio são, em média, 2 funcionários por empresa.

Ao avaliar as vendas para o setor público, a pesquisa mostra que o setor de serviços alcança maior participação das vendas governamentais no faturamento (10,2%), seguido pelo setor de construção civil (6,6%), indústria (4%) e comércio (0,8%).

A participação dos empréstimos no faturamento é de 33,7% no setor da construção civil; 11,5% na indústria; 8,5% no comércio e 7,3% entre as prestadoras de serviços. “Os dados mostram que as micro e pequenas empresas têm condições de cumprir os compromissos assumidos, pois as dívidas preenchem uma pequena parcela da receita”, explica Venússia.

Sobre os custos, as despesas com pessoal são as mais representativas em todos os segmentos de atividade econômica. Destaca-se também o baixo investimento dos empresários em cursos de qualificação para funcionários em relação ao custo: 0,4% no comércio; 0,5% na construção civil; 0,1% na indústria e 0,7% nas empresas de serviços.

A pesquisa foi realizada entre 9 de maio e 3 de junho deste ano com 771 empresas de todas as regiões do estado, nos setores de comércio, construção civil, indústria e serviços.

Faturamento (médio) por empresa no trimestre de acordo com região

Centro - 33.117,35

Norte - 39.680,90

Oeste - 48.468,71

Leste - 48.554,40

Sul - 57.259,09

Minas Gerais - 43.251,30


Fonte: Pesquisa direta Sebrae-MG, 2011