Até a Copa do Mundo de 2014 o governo federal pretende classificar cerca de 6 mil hotéis nas categorias entre uma e cinco estrelas. O Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem (SBClass) entra em vigor no mês que vem e coloca fim à farra das estrelas. Até então, a determinação do número de estrelas não seguia um padrão técnico e muitos estabelecimentos chegavam a se autoclassificar, o que vinha inspirando desconfiança, especialmente aos turistas estrangeiros. Em Belo Horizonte, a expectativa é de que 40% da capacidade hoteleira da cidade fique fora do novo sistema, que estabelece normas de infraestrutura, serviços e sustentabilidade.
No novo sistema, os hotéis são classificados de simples até luxuosos. No caso dos cinco estrelas, as exigências se estendem a serviços sofisticados, como obrigatoriedade de cozinha internacional e cardápio em português e mais dois idiomas. Na capital, a estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH regional Minas Gerais) é de que o Hotel Ouro Minas permaneça como cinco estrelas. Mas dos 20 novos empreendimentos que serão inaugurados até 2014, e já pediram autorização à prefeitura para iniciar o processo de construção, pelo menos dois são candidatos a levar a classificação máxima. A cidade conta atualmente com 18 mil leitos e aproximadamente 60% da capacidade deve receber de uma a quatro estrelas. No total de investimentos previstos para a Copa 2014, incluindo aqueles que estão em negociação e ainda não têm autorização da prefeitura, sete hotéis são de padrão cinco estrelas, 12 de 4 estrelas, 21 três estrelas e um hotel é de padrão mínimo.
Festa ruim
Sem normas ou fiscalização, a classificação por estrelas se tornou uma festa que nem sempre orientava o turista na direção correta. Apesar de diversos pacotes turísticos serem oferecidos para hotéis e resorts estampando uma verdadeira constelação, no país, dos 28 mil estabelecimentos, apenas nove eram oficialmente classificados. “Agora a autoclassificação está proibida por lei”, aponta Silvânia Capanema, vice-presidente da ABIH em Minas.
O presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-MG), José Maurício Gomes, explica que a classificação é importante especialmente para o turista estrangeiro, e deve melhorar a imagem do país no exterior. Segundo ele, o sistema deve pôr fim às reclamações de consumidores que viajam para um determinado padrão de hotel, mas não encontram os serviços ou acomodações esperados. “Com o novo sistema o turista vai saber exatamente para onde está indo”, comenta ele, ressaltando que o padrão adotado segue modelo internacional.
Segundo Silvânia Capanema, se a classificação tivesse início imediatamente, 40% da capacidade hoteleira da cidade poderia se candidatar às estrelas. “Com pequenos ajustes esse percentual pode subir para 60%.” A classificação é opcional, mas o hotel que se candidatar será fiscalizado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). “Os auditores farão averiguações rotineiras. Não existe multa para quem descumprir as regras, a penalidade é perder as estrelas”, aponta o diretor da Secretaria Nacional de Turismo, Ricardo Moesch. Ele explica que o sistema foi dividido em sete tipologias, que dividem os hotéis em padrões de uma estrela até luxuosos resorts com a classificação máxima.
Para compor o seu padrão, cada hotel vai escolher 70% de itens obrigatórios e 30% eletivos. Para ser chancelado com estrelas, será necessário cumprir 100% dos critérios obrigatórios na categoria e ao menos 30% dos eletivos. Outra norma publicada nessa terça-feira no Diário Oficial instituiu que somente os hotéis que passarem por essa inspeção terão direito a usar o sistema de classificação em estrelas.
Sustentabilidade
Algumas exigências, como piscina e sauna, deixaram de ser obrigatórias para se tornar uma opção do hotel. Outras, como oferecer internet nos quartos, é obrigatória a partir do padrão três estrelas. Normas de sustentabilidade vão ser exigidas para todos. O hotel terá que provar que economiza água e energia e, para isso, modificações em sistemas de climatização, por exemplo, tornam-se obrigatórias. Os estabelecimentos também terão de implementar ações de reciclagem de lixo.
Mas outras medidas, como ter decoração compatível com o padrão, também fazem parte do sistema de classificação, que divide as hospedagens em sete tipos: hotel, resort, hotel-fazenda, cama e café, hotel histórico, pousada e flat/apart hotel. Os albergues não foram incluídos por contarem com acomodações coletivas.
Alguns estabelecimentos de bandeira internacional podem não aderir ao sistema, mas, na opinião da vice-presidente da ABIH, a grande maioria deve se adequar, já que para o consumidor o sistema de classificação é um ponto de partida para a escolha do empreendimento hoteleiro. “Foi uma irresponsabilidade retirar o sistema de classificação do país”, diz José Maurício, que considera que o turismo e a credibilidade internacional do sistema brasileiro de hospedagem ficaram comprometidos. A suspensão oficial foi feita em dezembro do ano passado, mas já não tinha credibilidade há muito mais tempo por não contar com fiscalização.
No novo sistema, os hotéis são classificados de simples até luxuosos. No caso dos cinco estrelas, as exigências se estendem a serviços sofisticados, como obrigatoriedade de cozinha internacional e cardápio em português e mais dois idiomas. Na capital, a estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH regional Minas Gerais) é de que o Hotel Ouro Minas permaneça como cinco estrelas. Mas dos 20 novos empreendimentos que serão inaugurados até 2014, e já pediram autorização à prefeitura para iniciar o processo de construção, pelo menos dois são candidatos a levar a classificação máxima. A cidade conta atualmente com 18 mil leitos e aproximadamente 60% da capacidade deve receber de uma a quatro estrelas. No total de investimentos previstos para a Copa 2014, incluindo aqueles que estão em negociação e ainda não têm autorização da prefeitura, sete hotéis são de padrão cinco estrelas, 12 de 4 estrelas, 21 três estrelas e um hotel é de padrão mínimo.
Festa ruim
Sem normas ou fiscalização, a classificação por estrelas se tornou uma festa que nem sempre orientava o turista na direção correta. Apesar de diversos pacotes turísticos serem oferecidos para hotéis e resorts estampando uma verdadeira constelação, no país, dos 28 mil estabelecimentos, apenas nove eram oficialmente classificados. “Agora a autoclassificação está proibida por lei”, aponta Silvânia Capanema, vice-presidente da ABIH em Minas.
O presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-MG), José Maurício Gomes, explica que a classificação é importante especialmente para o turista estrangeiro, e deve melhorar a imagem do país no exterior. Segundo ele, o sistema deve pôr fim às reclamações de consumidores que viajam para um determinado padrão de hotel, mas não encontram os serviços ou acomodações esperados. “Com o novo sistema o turista vai saber exatamente para onde está indo”, comenta ele, ressaltando que o padrão adotado segue modelo internacional.
Segundo Silvânia Capanema, se a classificação tivesse início imediatamente, 40% da capacidade hoteleira da cidade poderia se candidatar às estrelas. “Com pequenos ajustes esse percentual pode subir para 60%.” A classificação é opcional, mas o hotel que se candidatar será fiscalizado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). “Os auditores farão averiguações rotineiras. Não existe multa para quem descumprir as regras, a penalidade é perder as estrelas”, aponta o diretor da Secretaria Nacional de Turismo, Ricardo Moesch. Ele explica que o sistema foi dividido em sete tipologias, que dividem os hotéis em padrões de uma estrela até luxuosos resorts com a classificação máxima.
Para compor o seu padrão, cada hotel vai escolher 70% de itens obrigatórios e 30% eletivos. Para ser chancelado com estrelas, será necessário cumprir 100% dos critérios obrigatórios na categoria e ao menos 30% dos eletivos. Outra norma publicada nessa terça-feira no Diário Oficial instituiu que somente os hotéis que passarem por essa inspeção terão direito a usar o sistema de classificação em estrelas.
Sustentabilidade
Algumas exigências, como piscina e sauna, deixaram de ser obrigatórias para se tornar uma opção do hotel. Outras, como oferecer internet nos quartos, é obrigatória a partir do padrão três estrelas. Normas de sustentabilidade vão ser exigidas para todos. O hotel terá que provar que economiza água e energia e, para isso, modificações em sistemas de climatização, por exemplo, tornam-se obrigatórias. Os estabelecimentos também terão de implementar ações de reciclagem de lixo.
Mas outras medidas, como ter decoração compatível com o padrão, também fazem parte do sistema de classificação, que divide as hospedagens em sete tipos: hotel, resort, hotel-fazenda, cama e café, hotel histórico, pousada e flat/apart hotel. Os albergues não foram incluídos por contarem com acomodações coletivas.
Alguns estabelecimentos de bandeira internacional podem não aderir ao sistema, mas, na opinião da vice-presidente da ABIH, a grande maioria deve se adequar, já que para o consumidor o sistema de classificação é um ponto de partida para a escolha do empreendimento hoteleiro. “Foi uma irresponsabilidade retirar o sistema de classificação do país”, diz José Maurício, que considera que o turismo e a credibilidade internacional do sistema brasileiro de hospedagem ficaram comprometidos. A suspensão oficial foi feita em dezembro do ano passado, mas já não tinha credibilidade há muito mais tempo por não contar com fiscalização.