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Estado de Minas

UE, EUA e FMI fazem forte pressão por solução para a crise grega


postado em 23/06/2011 14:06

BRUXELAS, Bélgica, 23 Jun 2011 (AFP) -Os líderes da União Europeia (UE) estão reunidos nesta quinta-feira em Bruxelas para somar forças à pressão feita pelos Estados Unidos e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) à Grécia para que o país crie de uma vez por todas uma solução para sua crise, que ameaça arrastar a Zona Euro e afetar a economia mundial.

Apesar de a Grécia se encontrar à beira da bacarrota, os dirigentes europeus decidiram não desbloquear uma segunda ajuda financeira de 12 bilhões de euros ao país até que o governo grego adote de vez por todas um plano de austeridade fiscal. O plano, no entanto, é tão impopular na Grécia que nesta quinta-feira os sindicatos gregos convocaram uma greve geral para os dias em que ele será votado no Parlamento, em 28 e 29 de junho.

O atraso da ajuda e as divergências sobre como salvar a Grécia têm perturbado há tempos os mercados mundiais. "Se não for resolvida, essa situação poderá ameaçar o sistema financeiro europeu e mundial", disse na quarta-feira o diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, somando-se a outra advertência feita nesta semana pelo FMI.

Apesar da pressão, não são esperados grandes avanços nesta reunião de dois dias da UE, já que o bloco decidiu na segunda-feira que irá aguardar até 3 de julho para decidir se irá desbloquear o novo lote de ajuda para Atenas, em função do resultado da votação do plano de austeridade.

A reunião desta quinta-feira será iniciada às 17h30 GMT (14h30 de Brasília), mas antes a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, se reuniram com o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, e outros responsáveis para abordar a crise, indicaram à AFP fontes diplomáticas.

Papandreou chega a Bruxelas fortalecido pelo voto de confiança obtido nesta semana no Parlamento e pela adoção por parte de seu Conselho de Ministros das modalidades do plano de ajuda.

O projeto de lei orçamentária 2012-2015 prevê aumentar os impostos, reduzir o gasto público e ainda uma onda de privatizações. Essas medidas, apesar de agradarem os órgãos internacionais, são rejeitadas em massa pela opinião pública e pela oposição grega.

Ao mesmo tempo, o novo ministro das Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, deve reunir-se nesta quinta-feira com uma delegação composta pelo BCE, pela Comissão Europeia e pelo FMI, para apresentar-lhes um plano exigido pelos sindicatos que convocaram a greve geral para os dias da votação parlamentar.

A Zona Euro e o FMI aprovaram no ano passado uma ajuda de 110 bilhões de euros para a Grécia, que mesmo com os esforços realizados não tem conseguido reerguer-se e sua dívida já chega a 150% do PIB.

Na reunião de 3 de julho, os europeus esperam aprovar o desembolso da próxima leva de 12 bilhões de euros - previstos por esse plano - além de começar a preparar um segundo empréstimo com a participação voluntária do setor privado, com a exigência de que seja aprovado o plano de austeridade.

Sem um apoio internacinal nas próximas semanas, a Grécia não poderá evitar a bancarrota imediata, arrastando a outros países frágeis da Zona Euro e pondo em perigo a estabilidade financeira mundial.


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