A Grécia assegurou um segundo pacote de resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) e ele será da ordem de 110 bilhões de euros, afirmou o primeiro-ministro grego George Papandreou. O premiê disse também que os líderes europeus concordaram em pagar mais 12 bilhões de euros do programa de ajuda anterior, oferecido ao país no ano passado, o que deve ser feito no começo de julho.
"Nós temos o apoio dos nossos parceiros porque eles reconhecem os sacrifícios do povo grego. Nós estamos tentando tudo o que podemos para colocar a nossa casa em ordem", declarou Papandreou após dois dias de discussões com outros líderes europeus em Bruxelas. Um acordo final sobre o novo resgate é esperado ou na reunião de 3 de julho ou na de 11 de julho entre os ministros de Finanças da zona do euro.
Segundo fontes da UE, o novo pacote de resgate incluirá 30 bilhões de euros em rolagem de bônus gregos por investidores privados, 30 bilhões de euros em vendas de ativos estatais gregos e o restante em novos empréstimos da UE e do FMI. "A nova linha será similar em valor" à primeira, informou Papandreou.
No entanto, para a Grécia obter o dinheiro o Parlamento grego precisa aprovar na próxima semana um plano de austeridade de 28 4 bilhões de euros que inclui maiores impostos e cortes de custos.
"O senso de responsabilidade nacional vai reinar na votação parlamentar", disse Papandreou quando perguntado se ele espera que todos os 155 deputados socialistas, aliados ao governo, apoiem o pacote na Casa, que tem 330 assentos. Partidos da oposição têm afirmado que vão votar contra o plano, enquanto um deputado socialista disse que também será contra e outro declarou que vai se decidir na próxima semana.
Papandreou afirmou que a União Europeia está passando por uma crise e parece relutante em "enfrentar seus próprios problemas de dívida". O premiê disse que o programa de privatização grego é "muito ambicioso e complicado, mas precisamos seguir em frente". Ao ser perguntado se seria melhor para a Grécia abandonar o euro, Papandreou respondeu que isso significaria um "default imediato".
UE rola dívida
Os governos europeus estão trabalhando para superar obstáculos na tentativa de convencer seus bancos a voluntariamente rolarem até 30 bilhões de euros em bônus gregos que vencerão nos próximos anos, segundo pessoas com conhecimento do assunto. Autoridades dos Ministérios de Finanças da Alemanha, França e outros países têm pedido que os credores privados da Grécia compartilhem o ônus de um segundo resgate para o governo grego. Tal medida, que significa que os credores incorrerão em prejuízos, precisa ser aceita voluntariamente para evitar que as agências de classificação de risco afirmem que a Grécia declarou a moratória de sua dívida.
Hoje o primeiro-ministro da Espanha, José Luiz Rodriguez Zapatero, disse que as instituições financeiras espanholas estão dispostas a participar da rolagem da dívida da Grécia. "Isso não deve representar um problema significativo para as instituições financeiras em razão de sua baixa exposição" à dívida grega, declarou Zapatero após uma reunião de líderes da União Europeia em Bruxelas.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, também se mostrou otimista. "Nós tivemos muitas reuniões com bancos e empresas de seguro franceses e nós fomos informados sobre todas as reuniões na zona do euro com instituições equivalentes e não temos dificuldades ou preocupações", disse Sarkozy.
Os líderes da União Europeia esperam que "um montante substancial" seja incluído no próximo pacote de ajuda para a Grécia a partir das rolagens dos bônus gregos pelos investidores privados. Mas várias questões, como as garantias que os investidores pedem e as contínuas objeções do Banco Central Europeu (BCE), ainda precisam ser resolvidas, segundo fontes.
Os governos europeus esperam ter uma ideia mais clara sobre o envolvimento do setor privado a tempo das reuniões de ministros de Finanças da zona do euro nos dias 3 de julho e 11 de julho, quando os detalhes sobre o próximo pacote de ajuda para a Grécia deverão ser definidos.
"O plano é rolar um máximo de 30 bilhões de euros em bônus com vencimento até o fim de 2014 ou 2015. Os líderes acham que isso é possível, mas reconhecem que será difícil tudo ser resolvido até o dia 3 de julho e reconhecem que ainda há certa relutância de alguns diretores do BCE que temem que isso seja visto como um evento de crédito pelas agências de rating", disse uma fonte.
Mesmo uma rolagem voluntária da dívida grega pode não ser suficiente para evitar que a Grécia seja declarada em moratória. Agências de rating têm alertado que a rolagem da dívida de um país como a Grécia, que é classificada bem abaixo do grau de investimento, provavelmente será considerada um default.
"Nós temos o apoio dos nossos parceiros porque eles reconhecem os sacrifícios do povo grego. Nós estamos tentando tudo o que podemos para colocar a nossa casa em ordem", declarou Papandreou após dois dias de discussões com outros líderes europeus em Bruxelas. Um acordo final sobre o novo resgate é esperado ou na reunião de 3 de julho ou na de 11 de julho entre os ministros de Finanças da zona do euro.
Segundo fontes da UE, o novo pacote de resgate incluirá 30 bilhões de euros em rolagem de bônus gregos por investidores privados, 30 bilhões de euros em vendas de ativos estatais gregos e o restante em novos empréstimos da UE e do FMI. "A nova linha será similar em valor" à primeira, informou Papandreou.
No entanto, para a Grécia obter o dinheiro o Parlamento grego precisa aprovar na próxima semana um plano de austeridade de 28 4 bilhões de euros que inclui maiores impostos e cortes de custos.
"O senso de responsabilidade nacional vai reinar na votação parlamentar", disse Papandreou quando perguntado se ele espera que todos os 155 deputados socialistas, aliados ao governo, apoiem o pacote na Casa, que tem 330 assentos. Partidos da oposição têm afirmado que vão votar contra o plano, enquanto um deputado socialista disse que também será contra e outro declarou que vai se decidir na próxima semana.
Papandreou afirmou que a União Europeia está passando por uma crise e parece relutante em "enfrentar seus próprios problemas de dívida". O premiê disse que o programa de privatização grego é "muito ambicioso e complicado, mas precisamos seguir em frente". Ao ser perguntado se seria melhor para a Grécia abandonar o euro, Papandreou respondeu que isso significaria um "default imediato".
UE rola dívida
Os governos europeus estão trabalhando para superar obstáculos na tentativa de convencer seus bancos a voluntariamente rolarem até 30 bilhões de euros em bônus gregos que vencerão nos próximos anos, segundo pessoas com conhecimento do assunto. Autoridades dos Ministérios de Finanças da Alemanha, França e outros países têm pedido que os credores privados da Grécia compartilhem o ônus de um segundo resgate para o governo grego. Tal medida, que significa que os credores incorrerão em prejuízos, precisa ser aceita voluntariamente para evitar que as agências de classificação de risco afirmem que a Grécia declarou a moratória de sua dívida.
Hoje o primeiro-ministro da Espanha, José Luiz Rodriguez Zapatero, disse que as instituições financeiras espanholas estão dispostas a participar da rolagem da dívida da Grécia. "Isso não deve representar um problema significativo para as instituições financeiras em razão de sua baixa exposição" à dívida grega, declarou Zapatero após uma reunião de líderes da União Europeia em Bruxelas.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, também se mostrou otimista. "Nós tivemos muitas reuniões com bancos e empresas de seguro franceses e nós fomos informados sobre todas as reuniões na zona do euro com instituições equivalentes e não temos dificuldades ou preocupações", disse Sarkozy.
Os líderes da União Europeia esperam que "um montante substancial" seja incluído no próximo pacote de ajuda para a Grécia a partir das rolagens dos bônus gregos pelos investidores privados. Mas várias questões, como as garantias que os investidores pedem e as contínuas objeções do Banco Central Europeu (BCE), ainda precisam ser resolvidas, segundo fontes.
Os governos europeus esperam ter uma ideia mais clara sobre o envolvimento do setor privado a tempo das reuniões de ministros de Finanças da zona do euro nos dias 3 de julho e 11 de julho, quando os detalhes sobre o próximo pacote de ajuda para a Grécia deverão ser definidos.
"O plano é rolar um máximo de 30 bilhões de euros em bônus com vencimento até o fim de 2014 ou 2015. Os líderes acham que isso é possível, mas reconhecem que será difícil tudo ser resolvido até o dia 3 de julho e reconhecem que ainda há certa relutância de alguns diretores do BCE que temem que isso seja visto como um evento de crédito pelas agências de rating", disse uma fonte.
Mesmo uma rolagem voluntária da dívida grega pode não ser suficiente para evitar que a Grécia seja declarada em moratória. Agências de rating têm alertado que a rolagem da dívida de um país como a Grécia, que é classificada bem abaixo do grau de investimento, provavelmente será considerada um default.