(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MUITA GENTE JÁ COMPROU

Setor de vendas de máquinas agrícolas desaquece depois de bater recorde


postado em 27/06/2011 08:13 / atualizado em 27/06/2011 08:59

Equipamentos complexos: treinamento prático, como os promovidos por Homero Junior, de Alfenas, são imprescindíveis(foto: Pimenta Agro/Divulgação)
Equipamentos complexos: treinamento prático, como os promovidos por Homero Junior, de Alfenas, são imprescindíveis (foto: Pimenta Agro/Divulgação)
A diminuição da demanda do programa Mais alimentos, do governo federal, é a principal responsável pela queda de 7,6% registrada pela Anfavea no mercado de máquinas agrícolas nacionais neste ano, de acordo com os fabricantes. Para Silvio Rigoni, gerente de vendas da Agrale, que comercializa exclusivamente tratores fabricados no Brasil, a diminuição era esperada.

“A procura no ano passado foi suprida, com 56.426 tratores. Este ano estimamos algo em torno de 48 mil tratores, o que continua bastante considerável”, explica Rigoni. Vale lembrar que é difícil bater as vendas em um ano de números recordes. No entanto, setores como o cafeicultor, que ainda está contando com o preço da saca nas alturas, devem demandar novas máquinas, de acordo com ele.

Outro aspecto que pode contribuir para os bons resultados das vendas de máquinas agrícolas para os próximos anos é a idade da frota brasileira, segundo Carlito Eckert, diretor de Operações Comerciais da Agco no Mercosul. O executivo do grupo que controla a Massey Fergusson ressalta que 40% dos tratores em operação no Brasil têm mais de 20 anos: “É grande o potencial de renovação, especialmente aquecido pelos bons resultados dos diversos setores, sejam cítricos, de café, cana, soja ou milho”.

Pedro Scaravini, gerente regional da Case em Minas, destaca que as novas máquinas trazem retorno financeiro concreto, por conta dos avanços tecnológicos. A marca, que junto à New Holland é ligada à CNH, divisão da Fiat para máquinas agrícolas, mantém, justamente por isso, foco intenso em treinamentos para o setor. Em Minas, os cursos são realizados nas principais concessionárias, em Alfenas, Carmo do Paranaíba, Passos, Uberaba e Uberlândia.

Sem receita

A concessionária de Homero Duarte Junior, em Alfenas, é uma delas. “Não existe uma receita de bolo para o sucesso com a tecnologia, mas é importante fazer as coisas na hora certa, porque a agricultura não te dá tempo de errar. Por isso, os treinamentos de operação das novas máquinas são tão importantes.”

Dentre os novos recursos, o também produtor rural destaca os equipamentos cabinados, que dão mais segurança para o trabalhador do campo, além da precisão de pulverizadores munidos de piloto automático e GPS, bem como máquinas que medem a produtividade instantaneamente, mapeiam o terreno e calculam a quantidade de nutrientes em déficit em tais ou tais áreas.

Diante de tanta automatização, fica a dúvida: o produtor tradicional não perde o prazer vendo o trabalho tão friamente calculado? Homero Duarte é certeiro na resposta: “De jeito nenhum. O prazer e a alegria são os mesmos. É uma profissão que gera recursos para o planeta tocar a vida. Jamais vai perder a graça, está na alma da gente”.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)