A comissão executiva do Fundo Monetário Internacional nomeou oficialmente Christine Lagarde como nova diretora-gerente, depois que a ministra de Finanças da França obteve o apoio dos EUA e de várias grandes nações emergentes. Ela será a primeira mulher no cargo, mas representará o 11º europeu a ocupá-lo consecutivamente. Lagarde foi escolhida para um mandato de cinco anos que começa no próximo dia 5 de julho.
No posto, ela terá um papel crítico nas negociações de financiamento para os pacotes de ajuda na Europa durante a atual crise da dívida soberana, um problema que ameaça colocar em risco a frágil recuperação global.
A nomeação encerra um processo seletivo de cinco semanas para substituir Dominique Strauss-Kahn, que renunciou no mês passado após ser indiciado sob acusações de ataque sexual.
O apoio declarado pelos EUA horas antes da nomeação garantiu que o FMI preservasse a tradição de sete décadas, de um europeu liderando o Fundo, enquanto o Banco Mundial fica a cargo de um norte-americano.
O suporte também da Europa, China, Brasil e Rússia deu uma clara maioria dos 24 países com assento na comissão para a escolha de Lagarde. Seu rival, o mexicano Agustin Carstens, nunca conseguiu garantir o mesmo apoio amplo de economias desenvolvidas ou emergentes. Ele recebeu apoio público de apenas três países da comissão. Dada a massa de votos, a comissão deixou de lado o voto formal e optou por nomear o próximo dirigente do FMI por consenso.