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Estado de Minas

Fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour pode causar fechamento de algumas lojas


postado em 29/06/2011 06:00 / atualizado em 29/06/2011 06:12

Com a operação de fusão proposta ao Carrefour aos ativos da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), holding que detém as lojas do Pão de Açúcar, Compre Bem e Extra, que foi anunciada nessa terça-feira, até 7% das lojas dos dois grupos que estiverem muito próximas poderão ser fechadas ou transferidas para outra região onde a concentração for menor, segundo cálculos estimados por Cláudio Galleazi, sócio do BTG Pactual, fundo que apresentou a proposta de compra das operações do Carrefour no Brasil.

“A gente estima que (poderão ser fechadas) de 5% a 7% das lojas nessas regiões onde há superposição”, afirmou o executivo, que ressaltou tratar-se de uma estimativa, já que a proposta ainda terá que passar por muitas etapas antes de sair do papel: precisa ser aprovada pelos acionistas dos grupos Pão de Açúcar, Carrefour, Casino e ter ainda a aprovação do Conselho de Administração do BNDES. Caso os grupos cheguem a um acordo, o caso terá que ser levado também para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A maior concentração das lojas das duas companhias está em regiões metropolitanas como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, onde poderá haver alguma reestruturação. Em Belo Horizonte, a proximidade de lojas das duas redes fez parte da estratégia de concorrência nos últimos anos. Depois de anos de existência da loja do Carrefour no BH Shopping, no Belvedere, o Extra conseguiu abrir um hipermercado em frente ao centro de compras, do outro lado da avenida. Já a loja mais antiga do Extra na capital, no Bairro Santa Efigência, ganhou a concorrência do Carrefour com a inauguração do Boulevard Shopping, que tem a rede francesa como uma das lojas âncoras. O Carrefour também se instalou na Região da Pampulha, onde o Extra já contava com uma loja.

Apesar da previsão de fechamento de lojas, Galeazzi afirma que, a princípio, as marcas de todas as redes das duas companhias, incluindo os “atacarejos”, serão mantidas. A sinergia vai trazer máximo aproveitamento de logística, redução dos estoques, redefinição de centrais de distribuição”, disse o sócio.


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