A presidenta Dilma Rousseff participa nesta quarta-feira em Luque, no Paraguai, da Cúpula de Presidentes do Mercosul e de Países Associados. As discussões vão girar em torno de aspectos econômicos, parcerias comerciais e a defesa dos programas de políticas sociais voltadas para a questão da inclusão. Ao final do encontro, o Paraguai passará o comando temporário do Mercosul para o Uruguai.
Durante a visita, Dilma terá uma agenda separada para conversas com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo. No encontro serão discutidas a questão das mudanças no pagamento da energia de Itaipu cedida ao Brasil e a implantação de um sistema de transmissão – considerado fundamental para garantir o suprimento de energia elétrica no país.
Dilma e Lugo deverão assinar seis acordos nas áreas de tecnologia, televisão digital e pesca. O comércio bilateral chegou a US$ 3,16 bilhões em 2010, o que representa aumento de 39% em relação a 2009. De janeiro a maio deste ano, o comércio entre os dois países atingiu US$ 1,3 bilhão, sendo que US$ 1,1 bilhão corresponde a exportações brasileiras.
Diplomatas que acompanham as negociações no Mercosul informaram que o comércio entre os países que integram o bloco está em expansão. No ano passado, o volume de negócios atingiu US$ 44,55 bilhões, dos quais US$ 39,22 bilhões referem-se ao intercâmbio total do Brasil com os demais países.
Nos primeiros cinco meses de 2011, o comércio do Brasil com os parceiros do Mercosul alcançou US$ 17,9 bilhões – registrando 27% a mais do que no mesmo período do ano passado. A agenda de Dilma começa com a reunião com Lugo, no Centro de Convenções da Conmebol, depois eles participam da cúpula.
A previsão é que as discussões acabem no começo da tarde, quando haverá uma foto oficial de todos os presentes. Dilma deverá deixar o Paraguai no fim da tarde. As discussões não contarão com a presença dos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Argentina, Cristina Kirchner.
Chávez está, desde o dia 10, em Cuba recuperando-se de uma cirurgia para a retirada de um abcesso na pélvis. Opositores do presidente venezuelano levantam dúvidas sobre o estado de saúde dele. Mas os aliados negam a possibilidade de câncer. Cristina Kirchner foi aconselhada pelos médicos a não viajar, depois que esbarrou, bateu a cabeça e sofreu um corte.