Para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, a fusão entre a rede de supermercados brasileira Pão de Açúcar e a multinacional francesa Carrefour não deve causar prejuízos à concorrência no setor de varejo. Pimentel ainda criticou os bancos nacionais que, segundo ele, não investem no país. Por isso, apoia a participação do BNDES na operação.
Segundo o ministro, se confirmada a fusão, as duas empresas teriam menos de 30% do mercado de varejo de alimentos no país. “Quem analisa isso não somos nós, é o Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica], mas, pelos dados do setor, mesmo que a fusão se concretize, isso vai concentrar 26%, 27% no máximo, do varejo de alimentos do Brasil.
Sobre a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) na operação, Pimentel disse que, se vier a ocorrer, com recursos em torno de R$ 4 bilhões, deve ser na forma de compra de ações e não de empréstimo direto. O ministro ressaltou que a possível participação do BNDES na operação só ocorrerá por causa da falta de interesse do setor privado em financiar esse tipo de operação.“Isso tudo seria resolvido se o setor financeiro privado do Brasil fizesse o seu papel, que é financiar a indústria nacional”.