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Estado de Minas

Vice-presidente do BNDES diz que fusão do Carrefour com Pão de Açúcar valoriza o país


postado em 30/06/2011 13:12

O vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), João Carlos Ferraz, afirmou nesta quinta-feira que a proposta de fusão entre as redes varejistas Pão de Açúcar e Carrefour pode conduzir a um cenário de geração de valor para produtos brasileiros no mercado internacional. Ao analisar o tema, "em um nível conceitual", o executivo afirmou

que o possível apoio do banco à união das duas empresas também gerará ganhos do BNDES. "A união, o projeto que as empresas estão apresentando, visa a criação e a geração de valor para todos. Portanto, se a inovação tem haver com valor, ela vai gerar valor", disse. Ele acrescentou que a geração de valor é uma das razões que motivaram a decisão do BNDES de entrar na operação, via BNDESPar braço de investimentos do banco de fomento estatal.

Outro ponto destacado por Ferraz foi o reflexo benéfico que a operação teria no desempenho do banco. "Metade do lucro do BNDES é derivado do BNDESPar. Nós vimos aqui uma bela oportunidade de geração de valor, de emprego, que é a nossa missão", disse. Para o vice-presidente do banco, o projeto também favorece a presença de produtos brasileiros nas gôndolas de supermercados internacionais. "Nós, nos nossos supermercados, temos produtos de outros países", lembrou o executivo ao acrescentar que a operação poderia "ser mais um passo" na trajetória de crescimento da penetração de itens brasileiros no mercado internacional já iniciada pelas indústrias de alimentos, agronegócio, moda e de bens de consumo. "Temos que ter mais, uma economia internacionalizada", disse.

Ferraz preferiu não comentar sobre a recente decisão da rede francesa Casino de aumentar a participação no grupo Pão de Açúcar, comprando ações no mercado. Quando questionado se as operações entre o Carrefour e o Pão de Açúcar poderiam ser atrapalhadas por uma disputa com o Casino, o executivo se limitou a dizer: "Deixa elas (as negociações) rolarem", concluiu.


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