A greve dos funcionários da Embrapa, que já dura três dias, permanece sem solução. Nesta sexta-feira, os funcionários fizeram uma reunião para analisar contraproposta apresentada pela empresa. Na contraproposta, a Embrapa aceita criar, de acordo com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), uma comissão paritária com representantes do sindicato, para revisar o plano de carreiras (PCE) e reajustar o auxílio-alimentação em 25%, dos atuais R$ 20 para R$ 25.
“Embora a proposta da Embrapa não seja a melhor e nem atenda completamente às nossas expectativas e necessidades, ela representa, neste momento, o máximo de avanço que poderíamos obter com a nossa mobilização”, disse Mario Ângelo de Faria, diretor de Assuntos Jurídicos e Previdenciários do Sinpaf. Ainda segundo ele, a revisão no plano de carreiras foi a maior conquista até agora, mas, em sua maioria, as solicitações não foram atendidas.
De acordo com o Simpaf, aproximadamente 80% dos funcionários estão em greve desde a última terça-feira (28 ). Entre as principais reivindicações estão: 10,51% de reajuste salarial; benefícios econômicos (tíquete-alimentação, abono de férias etc.); fim das demissões e punições arbitrárias; isonomia de direitos, principalmente dos funcionários da Região Norte; garantia da representação previdenciária; e a implementação do controle eletrônico de ponto.