A alta de 1,3% na produção industrial brasileira em maio, na comparação com abril, fez o setor alcançar o maior patamar desde o início da série histórica, que teve início em 1991, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "O patamar superou o resultado de março, que detinha o recorde de produção", disse o gerente da Coordenação da Indústria do IBGE, Andre Macedo.
A produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) no País cresceu em maio nas duas bases de comparação: 1,7% ante abril e 7,1% na comparação com maio de 2010, de acordo com dados do IBGE divulgados hoje. Na comparação com maio do ano passado, a produção de bens de capital teve ritmo bem superior ao da indústria em geral (2,7%) e foi impulsionada sobretudo pelo crescimento nos subsetores de transporte (16,7%) e construção (24,8%) e, em menor escala, por bens de capital para fins industriais (0,8%). Em comparação a maio de 2010, a produção de bens intermediários cresceu 2,4% e de bens de consumo, 2,1%, sendo duráveis com 2,3% e semiduráveis e não duráveis com 2%.
Já na comparação com o mês de abril, o segmento de bens de consumo duráveis (2,7%) mostrou o resultado mais elevado entre as categorias de uso, recuperando parte da queda de 10% observada em abril. Os segmentos de bens de capital (1,7%) e de bens intermediários (1,5%) também registraram taxas positivas em maio ante abril, após terem registrado, respectivamente,
A produção aumentou em maio ante abril em 19 das 27 atividades industriais, segundo o IBGE. Entre os setores que tiveram destaque estão alimentos (com expansão de 3,9%), produtos de metal (12,8%), veículos automotores (3,5%), máquinas e equipamentos (4,8%), refino de petróleo e produção de álcool (4 2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,4%). No entanto, esses setores tinham registrado, respectivamente, redução na produção no mês anterior de -3,0%, -10,2%, -2,9%, -5 0%, -0,6% e -9,8%.
Na indústria automotiva, o destaque positivo foi a produção de caminhões e de autopeças. Já a produção de automóveis foi prejudicada por causa de paralisações, greves e dificuldade na obtenção de matérias-primas, disse o gerente da Coordenação de indústria do IBGE, Andre Macedo.