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Estado de Minas

Conselho do Carrefour é a favor de fusão com o Pão de Açúcar


postado em 04/07/2011 07:35 / atualizado em 04/07/2011 09:18

O conselho de administração do grupo francês de distribuição Carrefour se declarou favorável à fusão com a Companhia Brasileira de Distribuição (CBD) Pão de Açúcar, líder do setor no Brasil e que tem participação do grupo francês Casino, que rejeita a operação bilionária que pode ter a participação do BNDES.

O Casino, um dos mais importantes acionistas da CBD, que precisa aprovar o negócio, não aceita a fusão. Na semana passada aumentou em 6,2% sua participação nesta empresa, da qual controla agora 43,1% das ações direta e indiretamente através da Wilkes, holding conjunta com a família Diniz. O projeto, estimulado pela empresa brasileira Gama, prevê a fusão dos ativos

brasileiros do Carrefour com os da CBD Pão de Açúcar para formar uma sociedade conjunta com partes iguais e uma participação da Gama no Carrefour.

A operação permitiria uma sinergia estimada entre 600 e 800 milhões de euros em um ano (entre 871 e 1,161 bilhão de dólares), segundo o Carrefour. A nova entidade teria um volume de negócios de 30 bilhões de euros em 2011. "No caso de concretização da operação, o Carrefour aumentaria significativamente sua exposição no mercado de crescimento, que significaria um aumento de mais de 40% de suas vendas consolidadas no horizonte de 2013", afirma um comunicado da empresa.

O texto explica, no entanto, que "a decisão do conselho de administração do Carrefour está condicionada à aprovação por parte da CBD da proposta da Gama e da aprovação final do conselho de administração do BNDES e de seu compromisso", já que o banco estatal brasileiro deve participar no financiamento da operação. O BNDES poderia contribuir com 4,5 bilhões de reais (dois bilhões de euros, 2,9 bilhões de dólares) para uma eventual fusão entre Carrefour e Pão de Açúcar no Brasil.

O Casino respondeu nesta mesma segunda-feira com um comunicado no qual afirma que o "Carrefour e seus administradores comprometem sua responsabilidade ao aceitar, apesar das advertências, uma operação iniciada de maneira hostil e levada adiante com negociações ilegais". "Qualquer projeto que envolva o futuro da CBD, co-controlado pelo Casino, só pode acontecer respeitando o pacto de acionistas que vinculam o Grupo Casino e o Grupo Diniz, e (que) está condicionado à aprovação unânime do conselho de administração do Wilkes", recordou o Casino.


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