Os países membros da FAO aprovaram um aumento do orçamento de 1,4% em relação ao biênio em curso, e assim a organização poderá contar no período 2012-2013 com 1,0056 bilhão de dólares, indicou nesta segunda-feira, em Roma, a agência das Nações Unidas. A aprovação do orçamento e principalmente o fato de conseguir um aumento, mesmo que mínimo,
é considerada uma manifestação de confiança da comunidade internacional no novo diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, eleito na semana passada e que assumirá oc argo em 1o. de janeiro de 2012, indica uma nota da entidade.A decisão foi tomada durante a 37ª Conferência da FAO, que recordou a necessidade de cumprir com o programa estabelecido para economizar 34,5 milhões de dólares além das economias previstas. A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) espera receber no próximo biênio cerca de 1,4 bilhão de dólares em contribuições voluntárias dos membros e associados, segundo o comunicado.
"Que estes recursos extraorçamentários sejam maiores que o orçamento ordinário confirma a confiança dos membros na Organização", declarou Jacques Diouf, atual diretor, que esteve por 18 anos na direção da FAO. Durante a direção de Diouf, foi iniciada uma complexa reforma da FAO, que incluiu a redução de pessoal, uma reorganização da entidade e sua descentralização.
Ao ser eleito, Graziano afirmou que tem início uma "nova era" para a agência especializada na luta contra a fome no mundo. O brasileiro, eleito diretor-geral da FAO com 92 votos contra 88, será o primeiro latino-americano que assumirá o cargo desde a fundação da entidade, em 1945. "Temos que dar início a uma nova era na organização", afirmou Graziano, que coordenou o programa Fome Zero no Brasil e que era representante regional na América Latina e subdiretor da FAO desde 2006.