O governo de Nicolas Sarkozy anunciou nesta terça-feira que os franceses nascidos a partir de 1955 terão que contribuir para a previdência durante 41,5 anos, o que representa seis meses a mais do que o previsto inicialmente na reforma da aposentadoria para obter uma pensão plena. O ministro do Trabalho, Xavier Bertrand, anunciou que os franceses nascidos a partir do ano citado terão que contribuir durante 41,5 anos e não 41 como estipulava a reforma promulgada por Sarkozy em novembro de 2010.
Sarkozy conseguiu a aprovação da reforma impopular, que eleva de 60 a 62 anos a idade mínima de aposentadoria e de 65 a 67 anos a idade para receber a pensão completa, apesar do muitos protestos e greves contra a medida. Em junho de 2010, o governo anunciou que o aumento da contribuição para 41,5 era uma possibilidade até 2020.
Mas Bertrand argumentou nesta terça-feira que o anúncio é apenas a "aplicação" das leis em vigor, em referência a uma lei de 2003. A decisão foi anunciada cinco dias depois da entrada em vigor da reforma da lei de aposentadoria. "Se vivemos por mais tempo, é lógico que se trabalhe um pouco mais de tempo", disse o ministro.
Os sindicatos protestaram e denunciaram uma "dupla penalização". Atualmente, os franceses devem contribuir durante 40 anos e três trimestres (para a geração de 1951). Em 2012 passará a 41 anos para a geração de 1952. Em 2013 passará a 41 anos e um trimestre (para a geração de 1953 e posteriores).