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Estado de Minas

Governo pode tomar medidas sobre câmbio, diz Mantega


postado em 05/07/2011 09:09

Mantega afirmou que
Mantega afirmou que "o BC (Banco Central) fará o que for necessário para manter a inflação sob controle"
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que existe preocupação com a valorização do real. Segundo ele, novas medidas podem ser tomadas para segurar o câmbio. "Medida cambial a gente não antecipa, a gente anuncia", disse a jornalistas. O ministro lembrou que o governo já agiu no mercado de câmbio à vista (spot) e no futuro e poderá voltar a adotar novas ações.

Para Mantega, o movimento de valorização do real está ligado à estratégia monetária registrada nos países desenvolvidos. "O QE2 (sigla em inglês para desaperto quantitativo) acabou, mas ainda existe expansão monetária", afirmou. O ministro reforçou que o câmbio é uma preocupação para o governo ao responder sobre a necessidade de novas altas dos juros para conter a economia. "Estamos planejando medidas o tempo todo, mas não posso antecipar", disse, sobre a possibilidade de nova ação no câmbio.

Mantega participou na manhã de hoje, em Londres, de um seminário fechado à imprensa sobre as oportunidades de investimentos no Brasil organizado pelo BTG Pactual. Ele disse que passou a visão de que o Brasil segue ritmo de crescimento sustentável, sem superaquecimento, com mercado de consumo sólido, investimentos crescentes e resultados positivos no mercado de trabalho. O ministro também avaliou que a situação fiscal está melhorando em relação ao período de expansão registrado durante a crise. Em 2011, o Brasil registrará déficit fiscal pequeno, menor do que a maioria dos países, frisou.

IPCA

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a economia brasileira está "quente", e não superaquecida. "São coisas diferentes, o crescimento já foi ajustado para uma faixa entre 4,5% e 5%", disse a jornalistas, após participar de evento do BTG Pactual, em Londres. Ele reforçou que a economia está desacelerando e que a inflação vem caindo. Segundo o ministro, o próximo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) virá "baixo e seguirá baixo pelos próximos meses". Ao ser questionado sobre se o processo de desaceleração era suficiente para impedir novas altas de juros, Mantega afirmou que "o BC (Banco Central) fará o que for necessário para manter a inflação sob controle".

Nesta segunda-feira, mesmo com o Relatório de Inflação do Banco Central, no cenário de referência, estimar uma inflação em 2011 de 5,8%, o Ministério da Fazenda manteve em 5,6% a previsão de IPCA para este ano. Para 2012, a estimativa caiu de 4,6% para 4,5%, o centro da meta. Os números são os mesmos do Relatório de Inflação do mês de março e constam do documento Economia Brasileira em Perspectiva, referente ao bimestre março e abril, mas publicado hoje no site do Ministério da Fazenda. "Depois de alcançar níveis elevados desde o início do ano, a inflação de maio desacelerou, com reversão no comportamento dos preços que vinham exercendo pressão de alta", destaca o documento.

Para a Fazenda, ajudaram na redução da pressão inflacionária, a dissipação das más condições climáticas, que provocaram perda na produção de alimentos, e as medidas de política econômica, como a alta da taxa básica de juros e as restrições impostas sobre o crédito. "Tais fatores têm conduzido a trajetória de expansão da demanda para o ritmo de crescimento da oferta, sem comprometer os níveis de renda e emprego", afirma. A Fazenda destaca que as expectativas dos agentes quanto à inflação futura estão sendo revistas para baixo, segundo a pesquisa Focus, conduzida pelo Banco Central.


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