O principal interessado no trem-bala brasileiro, entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, vai pedir formalmente o adiamento do leilão, cuja entrega das propostas está marcada para segunda-feira. O Consórcio TAV Brasil, inicialmente conhecido como grupo coreano, enviará o pedido hoje à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), alertando que não terá condições de fechar uma proposta em uma semana.
Essa seria a terceira prorrogação do leilão do TAV, que nasceu como a grande aposta da presidente Dilma Rousseff para desafogar o tráfego entre Rio e São Paulo. Antes mesmo de o consórcio solicitar o adiamento, a ANTT já dava sinais de que o cronograma poderia ser alterado mais uma vez. Na semana passada, o diretor-geral da agência, Bernardo Figueiredo, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que essa é uma decisão de governo, que deverá sair neste início de semana. Para especialistas, o governo perdeu o “timing” do negócio ao sucumbir às pressões das construtoras e adiar duas vezes a disputa, inicialmente prevista para dezembro.