O emprego industrial avançou 0,1% em maio ante abril, na série histórica livre de influências sazonais, apontou a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com maio de 2010, o emprego industrial cresceu 1,3% em maio deste ano. A variação acumulada em 2011 é de 2,2%. No acumulado dos 12 meses encerrados em maio, o emprego industrial cresceu 3,5%.
Pagamento
O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria cresceu 0,4% em maio ante abril, ajustado sazonalmente após ter recuado 0,9% na leitura anterior, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com maio do ano passado, o valor da folha de pagamento real avançou 5,0%, a 17ª taxa positiva consecutiva. No ano, a folha de pagamento acumula alta de 5,9% e, em 12 meses, de 7,6%. O valor da folha de pagamento real cresceu em maio, frente a maio do ano passado, em 13 dos 18 setores industriais pesquisados na pesquisa.
Os destaques foram registrados nas atividades de meios de transporte (15,9%), alimentos e bebidas (5,9%), máquinas e equipamentos (6,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,5%), metalurgia básica (6,9%) e minerais não metálicos (7,0%). Já os impactos negativos mais relevantes foram apontados por papel e gráfica (-12,8%) e calçados e couro (-5 1%).
Na mesma comparação, o valor da folha de pagamento real mostrou expansão em 13 dos 14 locais pesquisados. A principal contribuição positiva sobre a média da indústria foi registrada em São Paulo (4,4%), impulsionada por avanços dos setores de meios de transporte (16,7%), alimentos e bebidas (8,5%) e máquinas e equipamentos (6,4%). Outros destaques foram Minas Gerais (12,2%); região Nordeste (6,1%); Paraná (6,2%); Rio de Janeiro (5,1%); e Rio Grande do Sul (4,6%).
Na ponta oposta, o único resultado negativo no valor da folha de pagamento real foi verificado no Espírito Santo (-10,2%), devido à queda de 46,8% no setor de metalurgia básica, pressionado pela elevada base de comparação decorrente do pagamento de participação nos lucros em importante empresa do setor em maio de 2010.
Horas pagas
O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria no País cresceu 0,1% em maio ante abril, já descontadas as influências sazonais, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nas duas leituras anteriores, houve recuos nas horas pagas, de 0,3% em março e de 0,5% em abril.
Na comparação com maio de 2010, o número de horas pagas aumentou 0,9%, a 16ª taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, porém, a menos intensa desde janeiro de 2010.
Segundo o IBGE, no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, houve expansão de 1,9% no número de horas pagas, registrando uma desaceleração ante os fechamentos do primeiro trimestre (2,6%) e dos quatro primeiros meses do ano (2,2%). A taxa no acumulado de 12 meses registrou alta de 3,6% em maio, mas permaneceu com avanços menos intensos desde fevereiro, quando marcou 4,5%.
Locais e setores
O número de horas pagas na indústria aumentou em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado, em nove dos 14 locais que compõem a pesquisa do IBGE. Mas São Paulo foi o principal impacto negativo, com queda de 1,2% no número de horas pagas, pressionado pelas atividades de papel e gráfica (-20,0%), vestuário (-13,0%) e produtos químicos (-3,5%).
A principal influência positiva sobre o total do País, de 0,9%, foi observada em Minas Gerais (3,3%), apoiada pelo resultado dos setores de borracha e plástico (20,2%), metalurgia básica (7,1%) máquinas e equipamentos (8,5%), outros produtos da indústria de transformação (8,2%), produtos de metal (5,9%) e meios de transporte (4,6%). Outras contribuições positivas foram registradas na região Norte e Centro-Oeste (3,7%); Paraná (3 0%); região Nordeste (1,9%); e Rio Grande do Sul (1,9%).
Ainda na comparação com maio de 2010, o número de horas pagas cresceu em 11 dos 18 setores pesquisados em todo o País, com as maiores contribuições positivas vindas de alimentos e bebidas (2 8%), meios de transporte (6,2%), máquinas e equipamentos (5,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (5,7%), outros produtos da indústria de transformação (5,0%) e metalurgia básica (6,4%). As atividades de papel e gráfica (-10,5%), vestuário (-4,8%), calçados e couro (-5,2%) e madeira (-9,7%) foram as que exerceram os impactos negativos mais significativos.