O presidente da Câmara dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, deu um sinal negativo sobre as atuais negociações entre os parlamentares para chegarem a um acordo sobre o orçamento federal. Boehner afirmou que nenhum acordo com os democratas é iminente e que, do seu ponto de vista, as diferenças entre as duas partes não diminuíram nos últimos dias.
Os comentários foram feitos depois que os líderes do Congresso e o presidente dos EUA, Barack Obama, prometeram trabalhar durante o fim de semana para tentar resolver as divergências e selar um compromisso que resultaria em até US$ 4 bilhões em reduções no déficit na próxima década e em um esperado aumento no limite de endividamento do país.
Boehner disse que não sabe qual é a perspectiva para as negociações do fim de semana, mas destacou que não existe um acordo "público ou privado" entre ele e o presidente. Os assessores dos líderes parlamentares e do governo continuam trabalhando nos detalhes que formariam os contornos de um acordo e uma reunião entre as altas autoridades deverá acontecer na Casa Branca no domingo, para determinar que progresso foi feito.
O Congresso tem em vista o prazo final de 2 de agosto para aumentar o teto da dívida dos EUA, que é de US$ 14,29 trilhões, com o objetivo de evitar um potencial calote do país. Os líderes dos partidos Democrata e Republicano concordaram que nenhum aumento é provável sem substanciais reduções nos gastos, para tentar controlar o crescente déficit no orçamento federal.
Boehner fez as declarações em uma entrevista à imprensa junto com outros republicanos sobre o desanimador relatório do mercado de trabalho nos EUA que foi divulgado hoje - que mostrou criação de 18 mil vagas em junho, bem menos do que as 125 mil previstas. Segundo o presidente da Câmara, o relatório destaca a urgência de um acordo para garantir que o prazo de 2 de agosto seja cumprido.