O teto de reajuste de planos de saúde fixado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nesta sexta-feira ainda não faz parte da realidade de todos os brasileiros. A ANS determinou o índice máximo de reajuste de 7,69% para os planos de saúde médico-hospitalares individuais/familiares contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98. O percentual incidirá sobre os contratos de cerca de 8 milhões de consumidores, ou seja, 17% dos consumidores de planos de assistência médica no Brasil.
O reajuste poderá ser aplicado somente a partir da data de aniversário de cada contrato, mas está permitida a cobrança do valor retroativo caso a defasagem seja de no máximo quatro meses.
No entanto, a publicitária mineira, Sandra Lúcia Minchilo, ainda não foi agraciada com a nova norma. Ela é cliente da Unimed BH há mais de 15 anos e reclama do reajuste de 10,5% em seu plano de saúde e de 20% no contratado pelos pais aposentados, no mês de julho.
“Pago o Unimax - cobertura completa - para mim, para meus filhos e meus pais e o reajuste desse mês foi abusivo. Acho um desrespeito absoluto com o consumidor. Pago um plano de saúde caríssimo, segura de que vou ter um benefício em uma emergência, mas não sou bem atendida nem em serviços básicos, já que não consigo agendar consultas de rotina com menos de 60 dias de antecedência”, reclama.
Planos são campeões de reclamação
Os planos de saúde lideram as reclamações nos Procons. De acordo com o Procon Municipal de Belo Horizonte, no ano passado, foram 1303 reclamações de consumidores em relação aos plane os de saúde, e de janeiro a julho desse ano, 548 belo-horizontinos reclamaram no órgão por problemas no plano contratado. Em caso de dúvidas, os consumidores devem entrar em contato com a ANS através do 0800 701 9656 ou na internet pela página www.ans.gov.br, no link 'fale conosco'.