A nova chefe do FMI, Christine Lagarde, afirmou neste domingo que um eventual não cumprimento, ou default, por parte dos Estados Unidos em relação a seus compromissos de dívida poderá colocar em risco a estabilidade da economia mundial, e pediu aos políticos americanos que cheguem a um acordo sobre o orçamento. "Isso, sem dúvida, vai de encontro ao propósito e missão do Fundo Monetário Internacional. Por isso estamos preocupados", enfatizou.
Se os políticos americanos não conseguirem um acordo, será "um grande golpe para os mercados de ações e terá consequências muito feias, não apenas para os Estados Unidos, como para toda a economia em geral, porque os Estados Unidos são um ator muito importante e afeta muito a outros países", explicou.
Mas Lagarde ressaltou sua confiança de que os Estados Unidos não optarão pelo default, apesar das tensas negociações entre a Casa Branca e os líderes republicanos para subir o limite da dívida que o país pode assumir.
"Não posso imaginar nem por um segundo que os Estados Unidos caiam em default", concluiu. Numa reação imediata, o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, afirmou que os Estados Unidos cumprirão com seus compromissos financeiros. "Os Estados Unidos não cairão em default, já que os líderes do Congreso entendem isso", afirmou Geithner, repetindo que haverá um acordo até 2 de agosto.