A Bolsa de Nova York encerrou a segunda-feira em queda, oscilando em virtude dos problemas relacionados ao teto da dívida dos Estados Unidos e diante dos temores de contágio da crise orçamentária na Europa: o Dow Jones perdeu 1,20% e o termômetro da tecnologia, Nasdaq, recuou 2%.
Segundo cifras definitivas, o Dow Jones Industrial Average cedeu 151,44 pontos a 12.505,76 e o Nasdaq caiu 57,19 pontos a 2.802,62. O índice ampliado Standard & Poor's 500 retrocedeu 1,81% (ou 24,31 pontos), a 1.319,49. As enormes incertezas que rodeiam as dívidas soberanas, tanto nos países da Europa quanto nos Estados Unidos, afetou os mercados ao longo da jornada.
"A crise da dívida parecia estar sendo bem encaminhada, mas agora o cenário mudou", disse Mace Blilcksilver, da Marblehead Asset Management. Os investidores esperam o desfecho da reunião em Bruxelas, referente às turbulências financeiras que podem se estender à Itália e Espanha. Os índices americanos seguiram a tendência dos mercados europeus, que apresentaram forte queda.
A Bolsa de Milão caiu 3,96% e Londres perdeu 1,03%. A Bolsa de Paris fechou em baixa de 2,71% e Madrid perdeu 2,69%. O índice Dax da Bolsa de Frankfurt fechou em queda de 2,33%. A Bolsa de Lisboa perdeu 4,28%, arrastada principalmente pelo setor bancário.
Nos Estados Unidos, as negociações entre democratas e republicanos para aumentar o limite da dívida também influenciaram o mercado. "Há reuniões em Bruxelas, na Casa Branca, o mercado está no aguardo", observou Marc Pado, da Cantor Fitzgerald. Esses temores chegam aos mercados justamente no início da temporada de resultados de empresas nos Estados Unidos.
"Os anúncios se acelerarão na semana que vem, quando deveremos ver se os dados das empresas podem compensar os indicadores econômicos e se tornarem o principal elemento condutor do mercado", disse Patrick O'Hare, da Briefing.com. No mercado obrigatório, cujos rendimentos evoluem em sentido contrário aos seus preços, o rendimento do bônus do Tesouro com vencimento para 10 anos recuou a 2,917%, contra 3,016% na noite de sexta-feira, e os títulos a 30 anos foram a 4,205%, contra 4,277% na véspera.