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Estado de Minas

Infraestrutura alavanca crescimento da oferta de matéria-prima


postado em 12/07/2011 06:00 / atualizado em 12/07/2011 12:13

A indústria do cimento planeja um parque produtor de 108 milhões de toneladas em 2016 e se engana quem imagina que eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas vão fazer a diferença. Os programas habitacionais e a confirmação de investimentos em infraestrutura – de rodovias a portos – é que servirão de alavanca para o crescimento da oferta da matéria-prima. As construtoras comungam da expectativa, embora longe de traçar o mesmo boom dos últimos anos, avalia Geraldo Jardim Linhares Júnior, vice-presidente da Área de Materiais, Tecnologia e Meio Ambiente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas (Sinduscon-MG).

“O mercado da construção está bem abastecido e, em geral, não temos dificuldade de comprar qualquer material”, diz Linhares Júnior. Levantamento feito pelo Sinduscon-MG indica reajuste de 5,93% dos preços do cimento pagos pelas empresas do setor de janeiro a maio. A correção chega depois de um 2010 com elevação modesta, de 3,18%, frente à inflação de 5,68%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da Fundação Ipead, vinculada à UFMG. Em 2009, houve queda de 1,26%.

Formiguinhas

No varejo, o chamado consumo formiguinha, movido pelas reformas de imóveis que muitas vezes levam as próprias famílias às lojas de materiais de construção, seguem constantes e estáveis. Há 19 anos no ramo, Aroaldo Alves Santos, dono do Depósito de Material de Construção Santa Efigênia, na Região Leste de BH, diz que a oferta e os preços não têm mostrado fortes variações. O saco de 50 quilos foi reajustado em R$ 1 em maio, chegando às prateleiras por R$ 18,90 e R$ 19,90, conforme o tempo de secagem. “Já vendi o produto a R$ 22 no fim dos anos 1990”, lembra o comerciante.

De acordo com a Fundação Ipead, de janeiro a junho os preços do produto foram corrigidos em 4,79%, na média, ante inflação de 5,05%. Houve queda de preços em 2010 e 2009, de 0,54% e 3,88%, enquanto a inflação ficou positiva, em 5,68% e 4,66%, respectivamente. O comportamento difere de 2008, quando o cimento encareceu 7,82% para uma variação de 4,59% do custo de vida medido na capital.


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