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Estado de Minas

Chega ao Brasil site de compras de seguros on-line


postado em 13/07/2011 06:00 / atualizado em 13/07/2011 08:27

Depois da febre dos sites de compras coletivas, outro modelo de ponto.com deve começar a dar as caras no Brasil, inspirado em ideia que virou coqueluche nos Estados Unidos. É o mercado de portais de seguros on-line, que, a partir de empresas como Esurance e Progressive, modificou os hábitos de consumo de apólices em tempos de decadência do sonho americano. Começa nesta quarta-feira a divulgação para o lançamento do www.segurar.com, primeira empresa do gênero a nascer em terras brasileiras. O site já está no ar, em fase de testes.

“Ter uma ideia inovadora não significa exatamente inventar uma coisa nova. Se você percebe que determinado modelo de negócios vai funcionar, inevitavelmente, em outro lugar, tem de apostar”, diz Rodrigo Veloso, empresário nascido em Belo Horizonte, responsável pelo site. De perspicácia, ele entende: exportou para os Estados Unidos a água de coco brasileira em 2005, e atualmente colhe os frutos dessa iniciativa.

Os investimentos não foram divulgados, mas o capital americano marca presença na transação. A euforia com o aquecimento da economia brasileira, consumo crescente das classes C e D e os hábitos on-line no Brasil são os fatores, segundo Veloso que atraíram nomes de peso para a mesa de apostas no novo negócio: Tommy Motola, que esteve à frente da Sony Music por 15 anos, e uma turma do Vale do Silício; Aber Whitcomb, co-fundador do MySpace, Ashwin Navin, da Bit Torrent; e Paul Bragiel, da I/O Ventures. Os cofundadores brasileiros do Segurar.com são os empresários José Augusto Correa e Oswaldo Romano.

O novo empreendimento já vende seguros de viagem, da AssistCard. “Mas a ideia é, até o fim do ano, fechar parcerias com as outras principais empresas de seguros do país e transformar o site em um agregador dessas possibilidades. Vai ter seguro de vida, carro, casa etc”, conta Veloso. Hoje, muitas das seguradoras já comercializam seus produtos na web, mas ainda não há, no Brasil, portal que agregue esses conteúdos e permita a compra em um só ambiente on-line.

Capitalizada

O exemplo dos sites de compras coletivas, que hoje já somam quase 2 mil endereços no Brasil, mostra que o boom já delineia três ou quatro grandes competidores e muitos que tentam surfar nessa onda, mas não devem ter vida longa. Diante dessa característica do mercado web brasileiro, Veloso não teme: “Não somos uma startup de garagem, é uma empresa que já nasce capitalizada, para fazer os investimentos devidos”. De acordo com a Superintendência de seguros privados do Ministério da Fazenda (Susep), responsável pelo controle do mercado de seguros, se as seguradoras agregadas no portal são referendadas pelo órgão, não há nada de errado no site.


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