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Estado de Minas

Carrefour não descarta novos projetos de fusão no Brasil


postado em 13/07/2011 14:40 / atualizado em 13/07/2011 15:17

O Carrefour reconheceu nesta quarta-feira o fracasso da fusão com o Grupo Pão de Açúcar, mas disse não descartar estudar novos projetos de fusão no Brasil. Apesar de dizer que não há nada no momento, o gigante varejista afirmou que uma nova proposta poderia ser estudada se incluísse outro mecanismo financeiro. O gigante varejista francês Carrefour defendeu nesta quarta-feira seu crescimento nos mercados emergentes, em meio à queda nas vendas em seu mercado doméstico e a uma esperada redução nos lucros.

As vendas da companhia no segundo trimestre deste ano aumentaram 1,6%, para € 22,4 bilhões, de € 22,1 bilhões no mesmo período do ano passado. As vendas no Brasil, o segundo maior mercado do Carrefour, saltaram 11,3%, para € 3,07 bilhões no segundo trimestre.

O Carrefour procurou contrastar a deterioração de seu desempenho na França, na Espanha e na Itália com o Brasil - mercado que há semanas está nos holofotes. Pierre Bouchut, diretor financeiro da empresa, disse que foi particularmente robusto o desempenho da rede de lojas pegue-e-pague Atacadão e que está "diminuindo a sangria" nos 28 hipermercados brasileiros

que não tiveram bom desempenho. Na terça-feira, o controvertido plano de fusão com o Grupo Pão de Açúcar, fracassou após o BNDES retirar seu apoio. O Casino, sócio do Pão de Açúcar, fez veemente oposição ao projeto.

O segundo maior varejista do mundo depois do Walmart informou que o lucro operacional do primeiro semestre vai totalizar cerca de € 760 milhões quando a companhia divulgar seu balanço, no mês que vem. A antecipada queda em relação ao primeiro semestre do ano passado, quando o lucro operacional foi de € 989 milhões, é resultado do aumento dos preços de fornecedores, em particular na França e da diminuição da participação de mercado.

"Fomos afetados por um ambiente crescentemente competitivo que se acirrou em maio e junho", disse Bouchut. Os efeitos devem se estender pelo restante do ano. Bouchut disse que o Carrefour está em desvantagem para atingir seus objetivos no ano cheio - de aumento nas vendas e no lucro operacional. A França, que representa 44% das vendas da empresa, foi um mercado punitivo para o Carrefour. As vendas no mercado francês aumentaram para € 9,86 bilhões, graças ao aumento no preço da gasolina, já que muitas lojas da rede de hipermercados têm postos de combustíveis.

Os esforços para reanimar sua decadente operação de hipermercado - lojas imensas que vendem desde pão a bicicletas - não parecem ter repercutido nos consumidores. Descontando-se a venda de gasolina e o impacto de uma Páscoa tardia, as vendas dos hipermercados caíram 3,3% e o Carrefour disse que perdeu participação de mercado. A companhia está no meio de um programa de € 1,5 bilhão para reestruturar suas lojas, iniciativa que, segundo Bouchut, será acelerada para tentar recuperar as vendas.

Porém, o Carrefour enfrenta dificuldades mesmo em alguns de seus mercados emergentes. As vendas na China ficaram praticamente estáveis. O Carrefour disse que foi prejudicado por uma nova lei chinesa que proíbe descontos em produtos não alimentícios - eletrônicos, móveis e vestuário, por exemplo.


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