O presidente dos EUA, Barack Obama, disse hoje que está "pronto para agir" para elevar o teto da dívida do país e pediu que o Congresso apresente em cerca de um dia um plano para que isso seja feito. "O tempo está se esgotando", disse Obama, em
entrevista à imprensa na Casa Branca. Ele quer que os congressistas aproveitem o próximo dia para definir o melhor plano possível para elevar o teto da dívida e o apresentem a ele. No mínimo, os dois lados devem conseguir chegar a um acordo sobre um plano que eleve o teto da dívida e inclua uma redução inicial do déficit, afirmou Obama.Ele disse que continua pressionando para que se chegue ao plano maior, mas sugeriu que, com a aproximação do prazo de 2 de agosto, lidar com o teto da dívida é uma prioridade. Um plano backup para cortar o déficit federal e evitar uma moratória (default) do governo dos EUA parece estar ganhando espaço, em meio à pressão para que algo seja feito. Duas agências de rating (classificação de risco) disseram nesta semana que podem rebaixar a classificação da dívida do governo dos EUA se houver default.
O "plano B", proposto esta semana pelo líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, daria a Obama o poder de elevar o limite da dívida até 2012 em três etapas, a menos que dois terços do Congresso votem pelo bloqueio do projeto. Obama afirmou que todos querem evitar um default dos EUA, que equivaleria a um aumento de impostos.
Republicanos
A proposta republicana para elevar o teto da dívida que deverá ser votada na próxima semana é "ultrajante", segundo a líder da minoria da Câmara dos EUA, a democrata Nancy Pelosi. Hoje os líderes republicanos informaram em uma entrevista à imprensa que vão convocar uma votação na próxima semana sobre um projeto de lei para o orçamento com uma abordagem "cortar, limitar e equilibrar", em uma tentativa de reduzir o déficit federal.
O pacote vai incluir uma proposta para elevar o teto da dívida em US$ 2,4 trilhões, igualando cortes nos gastos federais e uma estrutura para limitar gastos do governo no futuro. Os legisladores também votarão separadamente uma emenda à Constituição dos EUA para que o governo federal seja forçado a equilibrar seu orçamento. Pelosi afirmou que ainda está em busca de mais informações sobre a proposta, mas deixou claro que não concorda com ela. "Pelo que sabemos dela e pelo que havia sido apresentado pelos senadores republicanos antes, esse (plano) é ainda pior", disse.