A taxa de desemprego de Minas Gerais ficou estável de maio para junho, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os mineiros, ainda de acordo com a pesquisa, tiveram a maior alta em relação ao rendimento médio real dos trabalhadores, em comparação com as outras cinco capitais (Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) que participaram da pesquisa. O estado liderou a melhora na renda com alta de 5% entre junho e maio, subindo de R$ 1.479,77 para R$ 1.553,40. Na comparação com junho do ano passado, o aumento ficou em 9,2%.
Mesmo o estado registrando a menor taxa de desemprego para o mês desde 2002, em Belo Horizonte há muitas vagas que não conseguem ser ocupadas. Algumas ofertas de emprego demoram quase dois meses para serem ocupadas. A falta de mão de obra qualificada pode ser um dos fatores que influenciam os candidatos.
Dificuldades em encontrar emprego
Minas Gerais toma uma atitude radical para preencher as milhares de vagas de trabalho que sobram no Estado. Como muitos mineiros não procuram o Sine, as vagas serão ofertadas para trabalhadores de outras partes do país. Diante disso, os desempregados da capital e região Metropolitana irão encontrar mais dificuldades ao procurar por trabalho. A previsão é que a partir do dia 12 de setembro deste ano entre em vigor o programa Mais Emprego, do Ministério do Trabalho. O projeto prevê atender a principal reivindicação da indústria e dos empregadores brasileiros, que não estão conseguindo preencher todos os postos de trabalho.
Os dados do Sine/MG desse semestre mostram que foram ofertadas 135.584 oportunidades de trabalho com carteira assinada. Mas, apesar de todos os cursos de qualificação, das agências de trabalho e do esforço da secretaria de Trabalho e Emprego de Minas Gerais, foram preenchidos apenas 57.839 vagas. De acordo com o secretário de Estado de Trabalho e Emprego, Carlos Pimenta, falta qualificação para o preenchimento das vagas. " Qualificação falta para todos os setores, até mesmo nos empregos mais simples. Muitas das vezes por parte de competência e preparo do nosso trabalhador. Muitos perdem o emprego na hora da entrevista. Nós estamos trabalhando para os empregos mais elementares como para os mais especializados", explicou.
Com informações de Paulo Henrique Lobato