Os líderes da Zona do Euro chegaram a um acordo nesta quinta-feira para estabelecer um segundo plano de ajuda à Grécia. O valor total será de cerca de 109 bilhões de euros, em recursos da União Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do setor privado, que irá contribuir com 37 bilhões de euros.
Sobre esse último montante, 37 bilhões de euros sairão de uma "contribuição voluntária" dos bancos credores enquanto que 12 bilhões de euros consistirão em amortizações da dívida no mercado. Chegando a cerca de 50 bilhões de euros. "No total, o esforço será de 135 bilhões de euros ao longo de 30 anos" para credores privados da Grécia, declarou Sarkozy. "Decidimos apoiar a Grécia quanto membro do euro". "É um compromisso determinado", completou, ao concluir a cúpula, destinada a fixar um segundo plano de resgate da Grécia.
Sarkozy disse também que concordou com a chanceler alemã, Angela Merkel, a "avançar na governança econômica nas próximas semanas de forma ambiciosa". "Antes de acabar o verão (do Hemisfério Norte), teremos propostas . Nossa ambição é aproveitar a crise grega para dar um salto qualitativo na governança da zona do euro", completou o presidente francês, sem dar detalhes.
Bancos prometem investimentos em três anos
Os bancos credores da Grécia prometeram nesta quinta-feira contribuir com 54 bilhões de euros em três anos, e 135 bilhões em 10 anos, ao novo plano de resgate do país, anunciou o Instituto Internacional de Finanças (IIF). Em comunicado publicado em Washington, o IIF fez sua oferta de aportar a Atenas um financiamento de "54 bilhões de euros de meados de 2011 a meados de 2014 e um total de 135 bilhões de euros de meados de 2011 ao fim de 2020".
A associação enumerou uma lista de 30 instituições financeiras voluntárias, 23 delas da União Europeia, três suíças, uma canadense, uma kwaitiana, uma peruana e uma sul-coreana. "O programa oferece um conjunto de novos instrumentos aos investidores com o objetivo de alentar sua participação voluntária, com uma meta de uma taxa de participação de 90%, indica o IIF. "Estamos dispostos a participar de um programa voluntário de intercâmbio de dívida e em um plano de recompra da dívida concebido pelo governo grego", explicou a instituição.