O Brasil fechou o primeiro semestre do ano com superávit de US$ 3,3 milhões no comércio com o Iraque, com alimentos e commodities como principais produtos exportados. De acordo com dados da Câmara de Comércio e Indústria Brasil Iraque, o Brasil faturou US$ 367,6 milhões em vendas para o país asiático e gastou US$ 364,3 milhões com importação de petróleo iraquiano. O superávit de janeiro a junho deste ano é 6,9% maior que o do mesmo período do ano passado.
Os 15 produtos de maior valor comercializados pelo Brasil incluem desde frango, açúcar e carne bovina (no topo das vendas para o Iraque) a máquinas de construção. "Esse comércio vem se diversificando ano a ano", afirma o presidente da Câmara, Jalal Chaya.
De acordo com ele, a troca de produtos se intensifica à medida que o Iraque reconstrói o país e amplia a infraestrutura. "Nos últimos anos, a infraestrutura iraquiana tem melhorado, principalmente no norte e no sul do país, que vêm se modernizando mais rapidamente com investimento de empresas estrangeiras."
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram um resultado diferente no comércio bilateral. De acordo com a pasta, o Brasil exportou US$ 147,9 milhões para o Iraque e importou US$ 364,3 milhões, déficit, portanto, de US$ 216,3 milhões.
Segundo a Câmara de Comércio e Indústria Brasil Iraque, a divergência se deve ao fato de o governo federal considerar no balanço apenas as exportações diretas ao país, enquanto a Câmara leva em conta produtos que têm o Iraque como destino, mas ficam armazenados em países vizinhos por conta da falta de estrutura. "O Iraque utiliza os países vizinhos para o armazenamento das importações. Mas isso vem diminuindo ano a ano", afirma Chaya.