O desenvolvimento econômico será um dos grandes legados da Copa do Mundo de 2014. Segundo estudo apresentado pelo economista Ilan Goldfajn, o grande evento esportivo vai aumentar o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 1,5%, além de gerar 250 mil novos empregos nos próximos três anos. O crescimento econômico de Minas Gerais deverá ser igual ou superior à previsão nacional. A previsão foi dada nesta quinta-feira, durante encontro com a imprensa realizado pela Fifa, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.
O especialista disse ainda que o Mundial também vai elevar o índice de exportação do país, que passará de 15% para 30% do PIB, e que os investimentos dos setores público e privado no Brasil devem chegar a US$ 20,6 trilhões (R$ 32 trilhões) até 2014.
Para o diretor de Comunicação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rodrigo Paiva, a Copa serve para agilizar obras já previstas como prioritárias em vários Estados. "O que poderia ser feito em 30 anos, será feito em três. Vamos levar o nome Brasil ao mundo. Isso não tem preço", reforçou.
Goldfajn fez um comparativo entre 2014 e 1950, quando o Brasil sediou pela última vez um Mundial. "O Brasil de hoje é uma das maiores economias do mundo, onde estão 145 milhões de consumidores. Em 1950, a Copa foi realizada em apenas seis cidades brasileiras. Em 2014, serão 12", lembrou.
De acordo com o economista, um dos maiores desafios desta Copa será o setor de transporte, dada à dimensão continental do país. "É esperado um investimento de US$ 7,2 bilhões nessa área para possibilitar o deslocamento de milhares de visitantes entre as cidades", disse.