Os preços do petróleo caíram nesta segunda-feira em Nova York, depois que um novo indicador decepcionante fez temer pela demanda de petróleo, ofuscando o alívio após ter sido alcançado um acordo sobre o teto da dívida em Washington. Em Londres, a commoditie fechou praticamente estável.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em setembro fechou em 94,89 dólares, em queda de 81 centavos em relação à sexta-feira.
No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento subiu 7 centavos, a 116,81 dólares.
"Os temores sobre as perspectivas econômicas aumentaram, depois dos dados de crescimento de sexta-feira e o indicador ISM desta semana. As pessoas se perguntam se isso vai afetar a demanda por petróleo no futuro", explicou John Kilduff, da Again Capital.
O mercado petroleiro tinha aberto em alta, tranquilizado pela Casa Branca e pelos líderes parlamentares que alcançaram um acordo sobre o aumento do limite legal da dívida federal.
Mas a publicação do índice ISM sobre a indústria manufatureira reverteu a tendência dos mercados financeiros.
Os investidores surpreenderam-se negativamente ao ver que a atividade manufatureira desacelerou-se fortemente em julho nos Estados Unidos, situando-se em 50,9% contra 55,3% no mês anterior, quando os analistas a estimavam em 54%. Trata-se do nível mais baixo em dois anos.
"A realidade acertou em cheio", o índice ISM lembrou a fragilidade do segundo trimestre, antes das cifras oficiais de desemprego na sexta-feira, um relatório sempre muito esperado, estimou Kilduff.
O barril do WTI rapidamente apagou os ganhos obtidos mais cedo e teve um pregão muito volátil, em alta de cerca de 3 dólares em seu ponto mais alto e em baixa de 2,28 dólares em seu piso.
No início do dia, o mercado tinha reagido positivamente ao acordo de última hora alcançado na noite de domingo para elevar o teto da dívida americana, impedindo um default de consequências potencialmente catastróficas para a economia mundial.