Os preços do barril de petróleo fecharam em queda nesta terça-feira em Nova York e em Londres, com investidores cautelosos em relação à demanda mundial após a divulgação de indicadores ruins sobre a economia americana e de outros países de relevância econômica global. No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em setembro fechou cotado a 93,79 dólares, em baixa de 1,10 dólar em relação a segunda-feira. No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento recuou 35 centavos, a 116,46 dólares. "Os dados sobre gastos de consumo nos EUA, em baixa pela primeira vez desde 2009, somaram-se às cifras ruins da indústria manufatureira divulgadas na segunda-feira e fizeram retroceder o mercado", disse Matt Smith, da Summit Energy. As famílias americanas consumiram 0,2% menos em junho em relação ao mês anterior, segundo cifras do Departamento de Comércio, quando os analistas esperavam uma leve alta. O consumo foi freado ante o fraco incremento dos investimentos e das contratações. "Esse é um novo sinal de que a economia está se desacelerando", disse Phil Flynn, da PFG Best Research. "Isso gera dúvidas sobre a demanda de petróleo". Os dados sobre gastos e investimentos nos Estados Unidos somam-se a uma série de surpresas ruins para os investidores, que descobriram na sexta-feira taxas de crescimento inferiores a suas previsões para o primeiro e segundo trimestres nos Estados Unidos. Na segunda-feira, o índice ISM - indicador da atividade manufatureira - registrou uma expansão quase nula. "O problema é que não são somente as estatísticas americanas...observa-se uma série de dados ruins no mundo", agregou Phil Flynn. A indústria manufatureira se desacelerou também na China e na Europa em julho, segundo dados publicados na segunda-feira.