O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, revelou nesta quarta-feira que a presidente Dilma Rousseff deverá anunciar em breve novas medidas de incentivo às áreas de semicondutores e banda larga. Sem dar detalhes dos projetos em análise, o ministro destacou que as medidas deverão estimular o investimento no Brasil. "Esperamos entrar no clube de 20 países com indústria de semicondutores e no clube de quatro países que têm produção do display, a tela de toque", destacou Mercadante, após participar do 4.º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A prioridade do governo é estimular a produção de diversos itens no Brasil, entre eles tablets, notebooks e semicondutores. Para tanto, uma das medidas incluídas no Plano Brasil Maior e apresentadas ontem foi a aplicação de uma chamada margem de preferência de até 25% do valor na compra de produtos manufaturados produzidos no Brasil. "É um instrumento que já existe nos Estados Unidos e em diversos outros países e que reflete uma política consciente do Estado de utilizar sua capacidade de compra para fortalecer a cadeia produtiva e a inovação no País", defendeu Mercadante, após incluir por mais de uma vez a palavra inovação no nome do Ministério de Ciência e Tecnologia. A proposta pretende estimular os investimentos nos setores de tecnologia da informação e comunicação, assim como nas áreas de defesa e saúde. Segundo Mercadante, o complexo industrial da saúde é uma área de alta tecnologia com um déficit comercial de US$ 12 bilhões. Já em defesa, "não se desenvolve uma indústria nessa área se não desenvolver uma capacidade própria de produção de tecnologia". E para a área de TI e comunicação, o ministro justificou com o plano nacional de banda larga e a inclusão digital. Mercadante também ressaltou que o projeto do governo federal permite a encomenda de equipamentos e soluções tecnológicas diretamente de instituições de pesquisas no Brasil, desde que tenham utilidade pública. "É outro instrumento que diversos países já utilizam e que o Brasil está atrasado", disse.