Diante da Lei Seca, o Mercado Mineiro também comparou o custo anual com o veículo próprio usado para ir às baladas na capital mineira e o gasto com táxi. Nesse cenário, foram levados em conta um carro no valor de R$ 60 mil e uma distância de 10 quilômetros para ir e voltar do local da diversão. Também é bom frisar que, nas saídas noturnas, o taxista cobra R$ 2,52 por quilômetro pela bandeira 2, das 22h às 6h nos dias úteis e, nos fins de semana, das 14h de sábado às 6h de segunda-feira.
A matemática começou com o IPVA do veículo (R$ 2,4 mil). Quando dividido por 365 dias, chega-se ao valor de R$ 6,58. Multiplicado pelas oito noitadas, apurou-se a quantia de R$ 52,60. É a mesma quantia para o seguro contra roubo, furto e batida. Já os valores proporcionais para os oito dias da taxa de licenciamento (R$ 2,22), seguro obrigatório (R$ 1,36) e manutenção (R$ 14,90) foram bem menores. No caso da manutenção, foram avaliados novamente os gastos com dois pneus, pastilhas, óleo, filtro e mão de obra.
O gasto com o combustível, levando-se em conta que o carro percorre oito quilômetros com um litro de gasolina (custo médio de R$ 2,75, segundo pesquisa do Mercado Mineiro), faz o motorista desembolsar R$ 3,44 em cada noite ou R$ 27,50 para as oito baladas. No caso deste estudo, Feliciano substituiu o estacionamento particular pelo manobrista. Em média, quem trabalha no ramo cobra R$ 7 pelo serviço, o que dá R$ 56 nas oito saídas noturnas.
“Portanto, o gasto mensal com oito baladas ao mês é de R$ 207,18. Já as oito noites de táxi, ida e volta, somam R$ 256. Ou seja: a pessoa gasta, no mês, R$ 48,82 a mais para se divertir de táxi. O valor é maior do que o custo com seu carro, porém é irrisório quando comparado tanto à multa da Lei Seca (R$ 957) quanto ao perigo de se dirigir embriagado e se envolver em acidentes”, argumentou o especialista.