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Estado de Minas

Oscilação da bolsa de valores vira teste para investidor


postado em 10/08/2011 06:00 / atualizado em 10/08/2011 08:40

Denílson Moura perdeu muito dinheiro na crise de 2008 e agora usou estratégia diferente para reduzir as perdas(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Denílson Moura perdeu muito dinheiro na crise de 2008 e agora usou estratégia diferente para reduzir as perdas (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Nada como um dia após o outro. Ontem a Bovespa mostrou que o pânico de segunda-feira pode não ser duradouro, mas a montanha-russa do mercado financeiro pode assustar quem começou há pouco a apostar na renda variável. Em tempos de turbulência, por outro lado, nada garante que o cenário seja definitivamente positivo daqui para frente. “Quem fizer qualquer previsão detalhada a médio prazo está sendo irresponsável; tudo depende de como os Estados Unidos e Europa vão lidar com suas crises e do que a China deve fazer com sua inflação de 6%. Tudo está correlacionado”, acredita Sérgio Valadares Portella, superintendente da Cita Corretora.

Há marinheiros de primeira viagem que sabem que devem confiar em dias melhores, mas que não negam o medo diante das primeiras grandes perdas. É o caso do engenheiro Artur Matos, de 31 anos, que só este ano já viu seus investimentos encolherem 27% na Bovespa. “Por mais que eu soubesse que essa era uma possibilidade, quando cai demais a gente fica assustado.”

Mas muitos investidores não conseguem entender o motivo de tamanho prejuízo. Mas, em vez de seguirem à risca as indicações — esperar a poeira baixar, pois, a longo prazo, ações sempre garantem um bom ganho —, estão se desfazendo de tudo o que têm aplicado na Bovespa, mesmo com perdas gigantescas. Esse movimento desesperado é um dos principais motivos para as quedas acentuadas do Ibovespa.


Em contrapartida, mesmo com a turbulência na economia global, os investidores estrangeiros estão tirando proveito das dicas dos analistas e comprando pechinchas na Bovespa. Neste mês, as compras de ações já superam as vendas em R$ 382,4 milhões. Muitos arrematam papéis com até 40% de desconto.


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