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Estado de Minas

Lucro da Ambev tem alta de 21,3%

Valor atinge R$ 1,83 bi no 2º trimestre, embora setor tenha desacelerado. Budweiser nacional sai até o fim de agosto


postado em 12/08/2011 06:00 / atualizado em 12/08/2011 08:08

A Ambev fechou o segundo trimestre com alta de 21,3% no lucro líquido, apesar de uma base de comparação forte com o período da Copa do Mundo do ano passado e temperaturas mais baixas no período. A empresa preferiu praticar uma diferença de preços ante concorrentes acima da média histórica no mercado de cerveja brasileiro, o que impulsionou a geração de caixa apesar de quedas no volume vendido e na participação de mercado na comparação anual.

A alta no lucro da fabricante de bebidas no segundo trimestre também foi impulsionada por um melhor resultado financeiro, que saiu de despesa de R$ 105,5 milhões um ano antes para despesas de R$ 25,4 milhões no segundo trimestre. A Ambev teve lucro líquido de R$ 1,83 bilhão de abril a junho, ante R$ 1,51 bilhão no segundo trimestre de 2010.

Apesar de considerar o desempenho da indústria de bebidas como fraco no Brasil no segundo trimestre, a companhia que integra a maior cervejaria do mundo, a AB InBev, informou no balanço que deve fabricar no Brasil, até o fim do mês, a marca norte-americana Budweiser. Para o restante de 2011, a empresa espera melhora nos custos e na margem EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em relação ao ano passado.

"A expectativa é de que nosso custo por hectolitro no ano fique em linha com a inflação. Além disso, as margens devem crescer também devido aos custos logísticos extras incorridos em 2010, que já diminuíram e devem melhorar ainda mais no segundo semestre", diz o diretor geral da Ambev, João Castro Neves. A fabricante mantém plano de investimento de R$ 2,5 bilhões neste ano no país. No total, as vendas em volume da empresa, que tem operações que vão do Canadá à Argentina, caíram 1,9% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2010. Mas diante de preços maiores, a receita líquida cresceu 2,3%, a R$ 5,8 bilhões.

Eike no prejuízo

A OGX, companhia de petróleo que faz parte do grupo empresarial de Eike Batista, registrou prejuízo de R$ 108,8 milhões no segundo trimestre, revertendo ganho líquido de R$ 57,8 milhões apurado em igual período de 2010. O resultado financeiro líquido da companhia no trimestre foi negativo em R$ 30,16 milhões, ante ganho financeiro líquido de R$ 135,5 milhões um ano antes. Conforme a companhia, a conta financeira foi impactada pelo rendimento de aplicações financeiras, perdas líquidas realizadas em operações de hedge e efeito negativo do resultado da marcação a mercado em operações com derivativos.

Serra Azul

Assessores financeiros da mineradora MMX, também do grupo de Eike, e os bancos Itaú e West LB vão visitar as operações da unidade Serra Azul, no Quadrilátero Ferrífero mineiro. Os bancos foram os escolhidos para captar R$ 3 bilhões, que serão aportados na expansão da unidade. Com isso, a Serra Azul que terá sua capacidade aumentada dos atuais 8,7 milhões de toneladas de minério de ferro por ano para 24 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.


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