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Estado de Minas

PIB da França fica estável no 2º trimestre ante o 1º

A estagnação do Produto Interno Bruto (PIB) se segue a um crescimento excepcional de 0,9% no primeiro trimestre


postado em 12/08/2011 08:04 / atualizado em 12/08/2011 08:09

Dados divulgados nesta sexta-feira mostraram que a economia francesa não cresceu no segundo trimestre em relação ao primeiro, pois os consumidores da segunda maior economia da zona do euro cortaram fortemente seus gastos. A notícia representa uma decepção para um mercado no qual se esperava uma expansão de 0,3%, levantando a preocupações de que o governo francês não tenha espaço para cumprir suas metas de redução do déficit fiscal.

Os gastos dos consumidores franceses, tradicional motor do crescimento da economia do país, mantiveram-se em alta durante a recessão de 2009. Esses gastos foram apoiados durante a crise econômica por um programa de incentivo à troca de veículos, que se encerrou no fim de 2010.

A estagnação do Produto Interno Bruto (PIB) se segue a um crescimento excepcional de 0,9% no primeiro trimestre, impulsionado pela movimentação das empresas para ampliar seus estoques. No segundo trimestre, porém, tal atividade não contribuiu para o crescimento.

A desaceleração da economia é mais um golpe para a França no fim de uma semana em que os mercados mergulharam em turbulência, em parte porque os investidores voltaram suas atenções para o rating (nota) triplo-A da dívida do país, depois que o mesmo rating foi retirado dos EUA pela Standard & Poor's, na semana passada.

Se a economia francesa não se expandir à taxa de 2% que o governo espera atingir neste ano, a meta oficial de trazer o déficit fiscal de 7,1% do ano passado para 5,7% neste ano pode ser comprometida.

Metas


O ministro de Finanças da França, François Baroin, prometeu manter as metas de déficit fiscal para o ano, apesar da forte queda nos gastos do consumidor, que levou a economia francesa a ficar estagnada no segundo trimestre.

Baroin também manifestou a confiança de que a economia da França vai se recuperar na segunda metade do ano, graças à resistência do investimento das empresas, e acrescentou que a criação de empregos no segundo trimestre e a recente queda nos preços ao consumidor vão ajudar a impulsionar os gastos das famílias.

"Ficaremos em linha com nossos objetivos de crescimento para este ano", disse Baroin à rádio francesa RTL. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre "não vão afetar os parâmetros que estamos formulando para o orçamento do ano que vem", acrescentou.

O governo francês prevê que a economia do país vai crescer 2% neste ano e 2,25% no ano que vem. Com base nos dados do segundo trimestre, o instituto de estatísticas francês estimou que o crescimento do ano será de 1,4%, mesmo se a economia não crescer no segundo semestre.


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