A Bolsa de Nova York terminou em forte alta nesta segunda-feira, impulsionada por anúncios de operações de fusões-aquisições nos Estados Unidos, o que permitiu a recuperação das perdas sofridas na semana passada: o Dow Jones ganhou 1,90%, e o termômetro da tecnologia, Nasdaq, indicou alta de 1,88%.
Segundo cifras definitivas, o Dow Jones Industrial Average subiu 213,88 pontos, a 11.482,90, e o Nasdaq aumentou 47,22 pontos a 2.555,20. O índice ampliado Standard & Poor's 500 subiu 2,18% (25,68 pontos), cotado a 1.204,49 pontos. "É um mercado esquizofrênico, bipolar: passamos da depressão à euforia", disse à AFP uma fonte de um grande banco europeu de Nova York.
"Subitamente, o humor do mercado se reverteu. Nada levava a crer nesta recuperação", disse a fonte. Essa é a terceira sessão em alta dos índices de Wall Street, que superaram assim o nível de fechamento de 5 de agosto, antes do rebaixamento da nota da dívida dos Estados Unidos pela agência Standard & Poor's. "O mercado deveria permanecer volátil, mas a tendência parece certamente mais promissora que nas últimas semanas", disse Andrew Fitzpatrick, da Hinsdale Associates.
"Uma das questões agora é saber em que momento as grandes empresas começarão a utilizar a enorme liquidez de que dispõem. Tivemos um exemplo (nesta segunda-feira), foi algo muito animador e compensou o índice Empire State", comentou Hugh Johnson, da Hugh Johnson Advisors.
As notícias das empresas deixaram em segundo plano um indicador decepcionante nos Estados Unidos: o índice que mede a atividade manufatureira na região de Nova York, caiu a -7,7 em agosto, quando os analistas esperavam uma melhoria. "É muito cedo para dizer que o mercado chegou ao piso, mas há sinais de que a pior parte do movimento de vendas ficou para trás", disse Scott Marcouiller, da Wells Fargo Advisors.
No mercado obrigatório, cujos rendimentos evoluem em sentido contrário aos seus preços, o rendimento do bônus do Tesouro com vencimento à 10 anos subiu para 2,285%, contra 2,237% na noite de sexta-feira. Já os títulos à 30 anos fecharam à 3,747%, contra 3,703% no pregão anterior.