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Estado de Minas

Aposentados mantêm luta para garantir aumento real


postado em 17/08/2011 06:00 / atualizado em 17/08/2011 15:49

Aposentados e pensionistas prometem iniciar um movimento nacional para incluir no orçamento da União reajuste com ganhos acima da inflação para os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que recebem acima do mínimo, apesar do veto do governo federal à medida, publicado na segunda-feira. Para analistas, o sinal vermelho do executivo confirma a tendência que, desde 199, vem reduzindo os valores da aposentadoria do brasileiro ao patamar de um salário mínimo, independente do valor da contribuição.
 

O advogado e especialista em direito previdenciário Lásaro da Cunha acredita que o veto ao reajuste é uma estratégia para fazer o tema perder força durante a votação do salário mínimo. Ele lembra que quem se aposentou em 1991, com 10 mínimos, em 2009 já recebia a metade desse valor e, em 15 anos, estará embolsando o equivalente a um salário mínimo. “Com a atual política de concessão de reajustes, este é um fato inexorável e vai atingir a todos.”

 Segundo as entidades representativas, o esforço não será para derrubar o veto do governo ao reajuste, mas, sim, para tentar aprovar o ganho real no Senado e no Congresso. “Sabemos que nossa maior dificuldade será aprovar a medida na Câmara”, diz o presidente da Federação dos Aposentados de Minas Gerais (FAP-MG), Robson Bittencourt. Segundo ele, apesar do veto, as entidades e centrais sindicais ainda apostam na inclusão da medida que beneficiaria cerca de 9 milhões de aposentados em todo o país. “Vamos trabalhar para inclui-la na peça orçamentária.”

Já o presidente do Sindicato dos Aposentados da Força Sindical, João Batista Inocentini, prometeu “barulho". Os aposentados estão convictos de que só conseguirão alguma coisa se forçarem a negociação. "Vamos mobilizar a categoria e partir para a luta no Congresso." A mesma motivação move os associados da Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (Cobap), segundo o presidente da entidade, Warley Martins.

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves tentou minimizar o veto. Ele destacou que, "momentaneamente", o governo não tem condições de dar aumento real aos segurados, mas assegurou que cabe negociação com o segmento. (Colaborou Vânia Cristino)


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