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Estado de Minas

Petrobras anuncia meta de ampliar produção de etanol até 2015

Empresa quer aumentar sua participação no mercado do biocombustível de 5,3% para 12%


postado em 18/08/2011 06:00 / atualizado em 18/08/2011 08:35

Encher o tanque do carro pesou mais no bolso do consumidor mineiro(foto: Euler Júnior/EM/D.A Press)
Encher o tanque do carro pesou mais no bolso do consumidor mineiro (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press)
 

A Petrobras pretende ampliar sua participação no mercado de etanol dos atuais 5,3% para 12% até 2015. Segundo o presidente da empresa, José Sergio Gabrielli, os investimentos podem ser feitos em novas plantas ou em empresas nas quais a estatal do petróleo já tem participação. Gabrielli também lembrou que a crise nos preços do álcool este ano e em 2010, durante a entressafra, ocorreu pela coincidência de problemas climáticos enfrentados no Brasil, que diminuíram a safra nacional, e na Índia, maior produtor de açúcar do mundo. Isso levou os produtores brasileiros de cana a se voltar para o mercado de açúcar.

O executivo também citou o crescimento da frota de veículos no país, que influenciou em grande parte o aumento do consumo de gasolina em 19% no ano passado. Segundo ele, com o aumento dos preços do álcool, o consumidor se voltou para o consumo da gasolina, que tem 25% de álcool anidro em sua composição.

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A estatal também anunciou ontem que irá investir, junto com a Nova Fronteira, joint venture entre o Grupo São Martinho e a Petrobrás Biocombustível, R$ 520,7 milhões para transformar a Usina Boa Vista, em Quirinópolis, Goiás, na maior produtora de etanol de cana-de-açúcar no mundo. O anúncio foi feito pelos presidentes da São Martinho, Fábio Venturelli, e da Petrobrás Biocombustível, Miguel Rossetto, depois que os novos investimentos foram aprovados por uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE).

Já Gabrielli afirmou durante audiência pública no Congresso Nacional, que o país será autossuficiente na produção de gasolina A até 2020. Gabrielli apresentou aos parlamentares o plano estratégico da empresa até 2020, quando, segundo ele, a produção de gasolina A está projetada para atender uma demanda de dois terços a três quartos da frota nacional. No entanto, o executivo não soube dizer como se portaria o mercado caso o Brasil continue enfrentando problemas com a safra de cana.

O presidente da Petrobras disse que a autossuficiência só é possível com novas refinarias. “Mas não posso dizer o que vai acontecer com os preços do álcool e da gasolina em 2020 porque isso depende de condições climáticas”, afirmou.


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