O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Helder Queiroz disse nesta quinta-feira em palestra promovida pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) que ainda não há uma definição sobre a realização este ano da 11.ª Rodada de Licitação de Blocos Petrolíferos.
"Nos próximos dias haverá uma definição precisa sobre se haverá ou não ainda este ano", afirmou ele. De acordo com Queiroz, a ANP está pronta para realizar a rodada, que é aguardada com expectativa pelas empresas de óleo e gás. Ele disse que a agência aguarda apenas a publicação da data do leilão no Diário Oficial da União.
Eólicas e térmicas a biomassa
Usinas eólicas e térmicas a biomassa disputarão, a partir das 10 horas, o leilão de energia de reserva, que tem como objetivo contratar um volume adicional de eletricidade para além da demanda das distribuidoras. O preço-teto do certame é de R$ 146/MWh e os contratos terão duração de 20 anos, com início de fornecimento em julho de 2014.
Organizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o leilão está dividido em duas fases: a primeira é a etapa uniforme, na qual os vendedores poderão submeter, a cada rodada, o volume de energia que desejam negociar. Nessa fase, os preços são decrescentes e o empreendedor tem a liberdade de decidir se irá vender ou não as suas ofertas ao preço corrente do certame. Quando a oferta for um pouco superior à demanda, a sistemática do leilão encerrará esta fase.
A segunda fase é a etapa discriminatória, que determinará o preço final de negociação da energia dos projetos. Nessa etapa, os investidores fixarão o valor de comercialização da quantidade de energia fixada no fim da etapa uniforme. A sistemática prevê que serão contratados os projetos com o menor preço até que o volume de energia selecionado atenda a demanda das distribuidoras. Concluído isso, o leilão estará encerrado.
Para o leilão desta quinta-feira, a oferta de projetos eólicos e térmicas a biomassa deve somar 7,5 mil MW, considerando nesse número as usinas habilitadas pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o resultado do leilão de energia nova que contratou a demanda do mercado cativo em 2014 (A-3), realizado na quarta-feira. Dos 7,5 mil previstos, 4,98 mil MW devem se referir aos projetos eólicos e 2 55 mil MW às térmicas a biomassa. No leilão A-3, de ontem, foram contratados 1,068 mil MW de energia eólica, a um preço médio de R$ 99,57/MWh, e 198 MW de térmicas a biomassa, a um valor médio de R$ 102,41/MWh.