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Estado de Minas

Bovespa abre em queda em novo dia de aversão ao risco

As bolsas asiáticas fecharam em forte queda, e os principais índices de ações da Europa e os futuros em Nova York operavam em queda


postado em 19/08/2011 10:05 / atualizado em 19/08/2011 10:28

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em queda, com a aversão ao risco ainda ditando o tom nos mercados globais na manha desta sexta-feira. Mais cedo, as bolsas asiáticas fecharam em forte queda, e os principais índices de ações da Europa e os futuros em Nova York operavam em queda. Às 10h06, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,99%, para 52.608 pontos.

O dólar comercial abriu em queda de 0,50%, a R$ 1,594, no mercado interbancário. Na quinta-feira, a moeda fechou em alta de 1,20%, cotada a R$ 1,602. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista cedia 0,96%, a R$ 1,593 na manhã desta sexta-feira, após ter encerrado com ganho de 1,53%, a R$ 1,609 na quinta-feira.

Na quinta-feira, quando os mercados de ações já estavam fechados no Brasil e na Europa, o Federal Reserve Bank de Nova York informou que o Banco Nacional da Suíça (SNB) recorreu à linha de swap (troca) de liquidez estabelecida pelo Fed, tomando US$ 200 milhões por sete dias à taxa de 1,08%. Esta é a primeira vez desde o começo de março que um dos bancos centrais com os

quais o Fed mantém acordos de swap de liquidez recorre a essa linha, sendo que a quantia envolvida é a maior desde outubro de 2008.

A operação ocorreu um dia após o Banco Central Europeu (BCE) informar que um banco não identificado tomou US$ 500 milhões de sua linha de crédito emergencial para sete dias, à taxa de 1,1%. A notícia acirrou os ânimos na Europa, onde os bancos já vêm sofrendo pesadas perdas na bolsa nos últimos dias. No Brasil, o único indicador previsto na agenda já foi divulgado - o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) de agosto, que apontou inflação de 0,27%, ante alta de 0,10% em julho -, o que deixa a Bolsa no restante do dia à mercê das notícias no exterior.

A pressão sobre as ações brasileiras, no entanto, deve ser menor. "Hoje é uma continuidade de ontem, mas com uma pressão menor sobre as ações. Já há papéis no Brasil com preços convidativos, mas os dados lá fora são ruins", pondera Pedro Galdi, estrategista-chefe da SLW. Segundo ele, os preços das ações em baixa já minimizam o tombo no Ibovespa, mas um encerramento no território positivo ainda não está no cenário. "Difícil ter algum ganho hoje, mas em algum momento isso vai acontecer, porque estes preços já estão muito atrativos", afirma. "Pode ocorrer descolamento (das perdas na Europa), mas não acredito que seja hoje."


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