A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) subiu para 0,25% em agosto, segundo informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou bem acima do registrado em julho, quando chegou a 0,10%, porém abaixo da média nacional de 0,27% em agosto.
Já no acumulado dos últimos 12 meses, a prévia da inflação oficial somou 7,42%, ainda acima da média brasileira, de 7,10% e também superior ao teto da meta do Banco Central, de 6,5%. No acumulado do ano, o índice na RMBH ficou em 4,82% e no país 4,48%. Belo Horizonte lidera a inflação acumulada dos últimos oito meses entre as onze capitais pesquisadas pelo IBGE.
Alimentos
Os alimentos continuam sendo o vilão da inflação oficial na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Em agosto, o grupo apresentou aumento de 0,37%, enquanto no mês anterior tinha apresentado deflação de 0,24%.
Outro grupo que colaborou para o crescimento da taxa inflacionária foi o de vestuário, com alta de 0,89% em agosto, enquanto em julho, o índice registrou 0,08%. O destaque ficou com as roupas femininas,c om inflação de 0,87%, seguido por calçados e acessórios, com crescimento de 1,04%.
Transporte
O grupo transportes ajudou a conter a alta de inflação na prévia de agosto, segundo informou o IBGE. Na Grande BH, o setor teve redução significativa de 0,44%, em função do transporte público, que passou de um aumento de 0,47% em julho para uma redução de 0,87% em agosto.
Mesmo em alta, os combustíveis continuam com variação negativa de 1,32% em julho para 0,11% em agosto, com principal destaque para o etanol que subiu de 0,17% no mês passado para 0,73% neste mês. A inflação da gasolina presentou variação negativa nos dois últimos meses, de 1,52% em julho e 0,30% e agosto.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 14 de julho a 12 de agosto e comparados com aqueles vigentes de 14 de junho a 13 de julho de 2011. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.