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Estado de Minas OPOSTOS

Bolsa de Tóquio cai 1% com incerteza e europeus estão otimistas

Incerteza sobre economia deixa investidores receosos na Ásia, enquanto alta do petróleo puxa otimismo das bolsas europeias


postado em 22/08/2011 09:16 / atualizado em 22/08/2011 10:03

A Bolsa de Tóquio fechou em queda, na medida em que a incerteza sobre a perspectiva econômica global e a valorização do iene afetaram negativamente as ações de exportadoras específicas. O índice Nikkei 225 perdeu 91,11 pontos, ou 1%, e fechou aos 8.628,13 pontos. Foi a quarta queda consecutiva do índice, que ficou mais perto da mínima pós-terremoto de 11 de março.

O mercado abriu em declínio, reagindo a outra sessão decididamente negativa nas bolsas de Nova York na sexta-feira. A queda do dólar para uma nova mínima do pós-guerra, de 75,94 ienes na sexta-feira, foi percebida como negativa para as ações das exportadoras. Porém, as vendas iniciais foram compensadas por algumas compras de pechinchas, que ajudaram a fechar em alta os papéis da Canon e da Olympus, entre outras.

O Nikkei conseguiu virar positivo por um momento no meio da manhã, enquanto uma alta do dólar depois do fechamento da primeira parte da sessão ofereceu algum alento para quem esperava ver uma intervenção nos mercados de câmbio. Mas os efeitos não foram duradouros.

Bolsas europeias sobem


As bolsas europeias sobem, com ações do setor de petróleo e gás liderando os ganhos à medida que os conflitos na Líbia parecem se aproximar de um fim. Enquanto isso, o petróleo tipo brent, que é mais sensível aos eventos no país, recua.

Durante o fim de semana, forças rebeldes iniciaram uma ofensiva sobre a capital, Trípoli, e governos de países do Ocidente

aumentaram a pressão para que o general Muamar Kadafi renuncie ao cargo de líder líbio. Às 7h50 (de Brasília), a italiana Eni, que é uma das companhias de petróleo estrangeiras mais importantes do país, subia 5,37% na Bolsa de Milão.

No mesmo horário, o petróleo brent para outubro caía 1,18% na ICE, em Londres, para US$ 107,34 por barril. O preço do brent aumentou desde o início dos conflitos na Líbia, que provocaram redução na oferta da commodity. No entanto, analistas alertam que os acontecimentos deste fim de semana provavelmente não significam uma rápida solução para os problemas de abastecimento que afetam o mercado de petróleo.

Analistas divergem quanto ao tempo que pode demorar para que a restauração dos 1,3 milhão de barris diários de petróleo que eram exportados da Líbia antes do começo dos conflitos no país. De todo modo, disse a corretora PVM, mesmo uma retomada de apenas 50% do nível anterior pode ter impacto sobre o mercado.

De todo modo, analistas e operadores alertam que a situação na Líbia continua muito incerta e por enquanto notícias macroeconômicas deverão continuar dominando o sentimento dos investidores.

"A falta de indicadores econômicos hoje provavelmente vai ajudar a fortalecer a demanda de curto prazo por ações, mas conforme a semana avançar, teremos o PIB do Reino Unido e o dos EUA e a reunião do Fed em Jackson Hole, e esses serão os três fatores que deverão determinar a longevidade do movimento otimista de hoje", disse o City Index.

No horário citado acima, Londres subia 1,93%, Paris avançava 1,5% e Milão ganhava 2,65%. O petróleo WTI, menos sensível aos acontecimentos na Líbia do que o brent, era beneficiado pelo enfraquecimento do dólar e o contrato para outubro subia 1,19% na Nymex, em Nova York, para US$ 83,39 por barril. O euro tinha alta para US$ 1,4430, de US$ 1,4396 no fim da tarde de sexta-feira.


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