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Estado de Minas

Depois de abrir em alta, Bovespa oscila nesta terça-feira

Dólar comercial começou o dia em baixa de 0,37% a R$ 1,597


postado em 23/08/2011 10:53

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu perto da estabilidade, após dados de atividade na China e na zona do euro servirem de impulso inicial para as bolsas da Europa e para os índices futuros nos Estados Unidos. Às 10h13, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,15%, aos 52.519 pontos. Já às 10h54, o Ibovespa inverteu a tendência e começou a operar em queda de 0,96%, aos 51.935.

"Saíram dados na China e na Europa que vieram estáveis. Isso faz as bolsas subirem lá fora", afirma Pedro Galdi, estrategista-chefe da SLW. Na noite de ontem, o HSBC informou que o índice de atividade industrial dos gerentes de compras (PMI) da China subiu para 49,8 na leitura preliminar de agosto, ante 49,3 em julho. O componente de produção elevou-se a 49,4, ante 47,2. Abaixo de 50 os números indicam contração, mas, segundo economistas, ao menos sinalizam que o risco de "aterrissagem dura" da economia chinesa é remoto. "Essa notícia da China pode favorecer as commodities e nossa bolsa é muito baseada em commodities", destaca um operador de renda variável ouvido nesta manhã pela Agência Estado. "Temos que torcer para que isso segure a Bovespa."

Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 1,22%. O índice de Seul avançou 3,86%. O mercado se apreciou em 1,99% em Hong Kong e a Bolsa de Taiwan avançou 3,25%, enquanto o índice referencial de Xangai subiu 1,52%. Cingapura encerrou em alta de 1,22% e Sydney fechou com ganho de 2,23%. Mas muitos investidores continuaram pessimistas sobre as perspectivas para as economias ricas, especialmente para a zona do euro, onde o grande temor é que a crise de dívida que engoliu Grécia, Portugal e Irlanda chegue a economias maiores e mais difíceis de ser socorridas, como Espanha e Itália.

Na Europa, a empresa da informações financeiras Markit informou nesta terça-feira que a nova leitura do Índice de Produção Composto - um termômetro da atividade econômica baseado nos resultados parciais de uma pesquisa com empresas industriais e de serviços - ficou inalterada em relação à mínima de 22 meses atingida em julho, de 51,1. O dado, porém, ficou acima da estimativa de consenso do mercado, que era de uma queda para 50,3 - mais uma vez, se o número não é tão bom, pelo menos não prejudica o cenário.

EUA

As bolsas de Nova York abriram em alta hoje, apoiadas em dados de atividade industrial da China e

na expectativa de que o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, tire algum coelho da cartola na sexta-feira em Jackson Hole para estimular a economia e animar os mercados. Às 10h35 (de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,44%, o S&P 500 tinha alta de 0,27% e o Nasdaq avançava 0,45%.

Nos EUA, a vontade dos mercados é de acelerar a semana até sexta-feira e descobrir o que Bernanke tem a oferecer num momento de desassossego geral - seja estender os prazos dos títulos do Tesouro, promover uma nova rodada de alívio quantitativo, um QE3 (na sigla em inglês), ou outro instrumento de afrouxamento monetário.

Na Europa, a França quer ser mais austera e se prepara para anunciar na quarta-feira mais cortes no Orçamento, num total de cerca de 4 bilhões de euros para este ano e 10 bilhões de euros em 2012. Enquanto isso, os países da zona do euro tentam achar um consenso sobre o acordo entre Finlândia e Grécia. A Finlândia quer que a Grécia forneça garantias para que haja outro resgate financeiro.

 

Dólar

O dólar comercial começou o dia em baixa de 0,37% a R$ 1,597, no mercado interbancário de câmbio. Às 10h05, a moeda norte-americana cedia 0,12%, a R$ 1,601. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista valia R$ 1,60, com desvalorização de 0,41%.


Em época de volatilidade e incertezas, os dados não tão ruins quanto o temido na atividade econômica europeia e chinesa e a interpretação de que o gigante asiático não mexerá nos juros, tirada em cima do fato de o Banco do Povo da China ter mantido o yield (rendimento para o investidor) de suas notas de um ano inalterado na operação regular de mercado aberto, servem de alento aos mercados. Assim, hoje é dia de alta na confiança e queda generalizada do dólar. Ganham os ativos de risco, entre eles, o real.


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