O número de bancos dos EUA classificados como "problemáticos" caiu pela primeira vez desde 2006 no segundo trimestre deste ano e o setor registrou oito trimestres seguidos de lucro, segundo informou hoje a Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC na sigla em inglês).
A FDIC divulgou que 865, dos 7.513 bancos norte-americanos, estavam na lista de "problemáticos" no fim de junho, de 888 no trimestre anterior. É a primeira queda no número de instituições financeiras com problemas desde o terceiro trimestre de 2006. "Os bancos continuaram a realizar progressos graduais, mas sólidos, após as turbulências nos mercados financeiros (iniciadas em 2008) e a grave recessão", afirmou o presidente interino da agência, Martin Gruenberg.
No período entre abril e junho, 22 bancos declararam concordata, o menor número desde o primeiro trimestre de 2009. Enquanto isso o fundo que a FDIC usa para cobrir os custos com instituições que entraram em colapso teve um balanço positivo pela primeira vez em três anos. O fundo subiu para US$ 3,9 bilhões, de um balanço negativo de US$ 1 bilhão no primeiro trimestre.
Lucro
A FDIC informou que o setor bancário dos EUA registrou lucro líquido de US$ 28,8 bilhões no segundo trimestre, aumento de 37 9% ante o mesmo período do ano passado, mas 0,35% abaixo do lucro de US$ 28,9 bilhões do primeiro trimestre. Embora
Segundo o presidente interino da FDIC, a melhora na situação financeira do setor se deve a reduções nas provisões para cobrir empréstimos ruins, em vez de um aumento na concessão de empréstimos. Mas o balanço total de empréstimos e arrendamentos avançou 0,9%, para US$ 64 bilhões no segundo trimestre. É a primeira alta em três anos.
"À medida que as perdas com provisões se aproximam dos níveis históricos, as projeções de um aumento no lucro em razão de novas reduções nas provisões diminui", comentou Gruenberg.
Segundo a agência, o avanço nos empréstimos foi impulsionado pelo quarto trimestre consecutivo de crescimento na concessão de empréstimos para tomadores comerciais e industriais. Entretanto, o presidente da FDIC afirma que "o volume de empréstimos ainda precisa crescer muito para chegar a níveis mais normais".